Por Márcio Rocha

Ameaça de desabamento assusta pedestres

O perigo ronda diariamente quem frequenta o centro de Aracaju e transita próximo a um antigo prédio abandonado situado na avenida Rio Branco, cuja marquise, prestes a desabar, representa uma ameaça aos transeuntes.

No prédio onde já funcionou o extinto jornal Diário de Aracaju, a marquise está escorada com estacas para evitar que venha abaixo. Mas o medo é uma constante para quem passa pelo local. O prédio todo já está comprometido e condenado pela Defesa Civil, embora nenhuma providência concreta tenha sido tomada acerca do assunto.

Segundo a Prefeitura de Aracaju, o fato de a arcaica estrutura ter importância cultural impede a sua demolição. Apesar desta limitação, contudo, não há um plano para reformá-la. A Emurb apenas o acompanhamento realizado por parte da Emurb, que monitora a área.

A temeridade é de acontecer o que houve em 26 de julho de 2010, quando uma marquise de uma loja no calçadão da rua João Pessoa desabou, matando uma mulher que passava com seus dois filhos, que ficaram feridos. A marquise em questão não estava em estrutura comprometida. Mesmo assim, veio abaixo e provocou a fatalidade.

A ação das chuvas e o tempo da construção do prédio do Diário de Aracaju são os principais inimigos da estrutura que pode desmoronar.

“Temos medo de passar por aqui. Eu mesmo passo várias vezes por dia e não sei o que pode acontecer ao chegar aqui", diz o comerciante Roberto Santos, temendo uma tragédia. "Fico preocupado por saber que não apenas a cobertura pode cair, mas, sim, o prédio todo que é muito velho e não sofre intervenção pública”.

De acordo com Ademar Queiroz, assessor de comunicação da Emurb, empresa pública responsável pelas obras e que monitora o prédio, está em andamento um processo licitatório para realizar a demolição da marquise. Como o prédio é uma propriedade particular, não se pode realizar a derrubada ou reforma de toda a estrutura.