O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sergipe (SINTTRA) solicitou uma reunião de urgência com os vereadores da Câmara Municipal de Aracaju, nesta quinta-feira (19). A pauta em questão é a discussão do projeto que autoriza a regulamentação do serviço de transporte complementar urbano ou mudança de nomenclatura, referente aos transportes considerados clandestinos em Aracaju e região metropolitana.

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O projeto em questão foi discutido e aprovado pelo Plenário na Sessão Ordinária do dia. No entanto, o SINTTRA afirmou que sente a necessidade de um diálogo antecipado com a categoria dos rodoviários, que atualmente conta com mais de 3 mil colaboradores, além dos empregos indiretos que dependem desse setor.

O Sindicato argumenta que o transporte clandestino prejudica diretamente o Transporte Público Coletivo de passageiros e pode impactar negativamente o futuro dos trabalhadores rodoviários.

De acordo com o SINTTRA, áreas como Santa Maria, Orlando Dantas, Augusto Franco, Coroa do Meio e Aeroporto/Aquários, Zona de Expansão - Mosqueiro, testemunham uma significativa presença de veículos clandestinos. Essas áreas contam com um total de 495 motoristas de transporte público coletivo, operando desde as primeiras horas da manhã até tarde da noite, com serviço de "Corujão" durante a madrugada.

O SINTTRA enfatiza que essa atuação clandestina ocorre em 36 linhas e requer no mínimo 198 ônibus da frota do transporte público coletivo, mesmo em áreas de baixa demanda de passageiros. Isso, possivelmente, devido à ação dos clandestinos, que competem pelos mesmos passageiros, inclusive em pontos de ônibus.

O presidente do Sindicato, Miguel Belarmino, expressou sua preocupação com o impacto desses veículos clandestinos. "A atuação dos clandestinos tem colocado em risco a continuidade do transporte coletivo, bem como os empregos de 495 motoristas que atuam nessas regiões, uma vez que eles retiram passageiros dos ônibus, aumentando o congestionamento viário e transportando menos passageiros", diz.

O SINTTRA também destaca que o transporte clandestino não segue medidas de segurança nos veículos, nem critérios de formação para os motoristas, ao contrário dos motoristas de ônibus, que passam por diversos cursos de formação para atuar no transporte de passageiros.

Além disso, os clandestinos não fazem parte do plano de transporte e planejamento urbano da cidade. Eles também não oferecem direitos de gratuidade aos passageiros, não pagam impostos e taxas para a prestação do serviço, e contribuem para o congestionamento das vias e a poluição ambiental, uma vez que mais veículos transportam irregularmente menos pessoas, segundo o Sindicato.

A declaração do SINTTRA ressalta: "Nossa categoria de rodoviários tem enfrentado sérios problemas em Aracaju, como atrasos de salários por parte das empresas prestadoras de serviços. Estamos acompanhando de perto a realidade financeira do setor, cobrando soluções dos prestadores e do Poder Público. No entanto, não vemos os vereadores cobrando a fiscalização do transporte clandestino, nem defendendo a causa dos motoristas do transporte público coletivo."

A CMA não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta notícia. O espaço segue à disposição. 

Confira o oficio na integra:

Com informações do SINTTRA.