Prefeito de Lourdes justifica mal-entendido durante operação e pede desculpas ao governador
Saulo Galeguinho teria atrapalhado a polícia durante ação, mas alegou falta de comunicação. "Jamais obstruiria a justiça" Política | Por F5 News 08/02/2025 11h27 - Atualizado em 08/02/2025 11h37O prefeito Saulo Galeguinho (PT), de Nossa Senhora de Lourdes, no interior de Sergipe, usou as redes sociais na noite desta sexta-feira (7) para se pronunciar acerca da polêmica envolvendo uma operação policial na cidade que teria sido prejudicada pela atuação do gestor. Galeguinho deu a sua versão dos fatos, disse que respeita os militares e pediu desculpas ao governador Fábio Mitidieri (PSD).
O caso aconteceu na última quinta-feira (6), quando militares do Pelotão da Caatinga realizavam uma operação para prender uma quadrilha na cidade. O prefeito abriu uma live na porta da sua casa, onde estavam os militares, e acusou os agentes de segurança pública e o governador de perseguição política. Após o ocorrido, a Secretaria de Segurança Público (SSP) emitiu uma nota informando que a atitude de Galeguinho atrapalhou a ação.
Segundo o prefeito, tudo não passou de um mal-entendido e de uma infeliz coincidência. "Cheguei, vi duas viaturas com Caatinga, obstruindo a entrada da minha casa. (...) Foi então que desci do carro e fui conversar com os policiais da caatinga para entender o que estava acontecendo. Questionei e não me informaram nada. Fiquei mais angustiado sem saber o que estava acontecendo", explicou.
"Quando me reportei ao comandante para entender o que estava acontecendo, não me foi passado nada. Me identifiquei e queria saber o que as duas viaturas estavam fazendo em frente ao portão da minha casa. Não houve sinalização de que existia operação (...) Jamais eu iria interferir e daria o apoio, pois a ordem precisa ser mantida na cidade. Faltou essa comunicação", alegou.
Saulo Galeguinho também aproveitou para pedir desculpas ao governador Fábio Mitidieri, a quem acusou de perseguição política. Ele justificou que, diante da situação se sentiu coagido, e queria apenas uma explicação sobre o que estava ocorrendo. "Naquele momento em que eu estava sob o estresse de ter duas viaturas sem saber o que estavam fazendo em frente à minha casa", comentou.
"A única coisa que eu queria era que você, como um líder, como nosso governador, me desse uma resposta do que estava acontecendo ali. Foi um desabafo, um pedido. Não foi uma acusação. Não foi desrespeito. Se assim o senhor entendeu, peço desculpas. Jamais desrespeitaria uma autoridade. Desculpa pela forma que me expressei, mas o que eu queria era uma resposta que não tive naquele momento", justificou o prefeito.
Na quinta-feira (6), a SSP emitiu uma nota repudiando o caso e informando que seria instaurado um inquérito policial contra o prefeito. A Secretaria justificou que, ao publicizar a operação, Galeguinho comprometeu o andamento das investigações, facilitando a fuga dos demais criminosos envolvidos na tentativa de assalto. Em seu pronunciamento, o gestor argumentou que jamais se colocaria contra uma operação policial.
"A nota da SSP me pegou de surpresa, me taxando como obstrutor da justiça. Como alguém que deveria ajudar, obstruiu a justiça. Jamais. O que deveria ter sido feito era ter me comunicado antes de fazer a nota. Para eu explicar minha versão e parar com toda essa repercussão desnecessária. Mas eu fui taxado como alguém contra os policiais e que ajudou na fuga dos bandidos (...) Lamentável a postura da SSP afirmando que eu estava contra os militares. Digo, encarecidamente, que não. Sou fã dos militares e respeito esses guerreiros", assegurou.