Emília Corrêa nega rachadinha e uso indevido da Defensoria; veja o que diz o BO
Candidata à Prefeitura de Aracaju afirma ser alvo de armação de opositores Política | Por F5News 23/09/2024 14h16 - Atualizado em 23/09/2024 14h19A candidata à Prefeitura de Aracaju Emília Corrêa (PL) negou nesta segunda-feira (23) as denúncias de suposta prática de rachadinha na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) e também de favorecimento na Defensoria Pública do Estado, onde atuou como defensora pública.
A informação de um suposto esquema de recolhimento de parte do salário de cargos comissionados nomeados pela vereadora foi divulgada pelo jornalista Narcizo Machado e confirmada pelo F5News, que teve acesso ao registro do Boletim de Ocorrência protocolado no Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap).
Após a denúncia, um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil, mas a investigação corre sob sigilo.Já no registro do Boletim, conforme apurado pelo F5News, o denunciante afirma a existência do “uso indevido da estrutura da Defensoria Pública do Estado de Sergipe para benefícios políticos desde 2011” e também cita o “uso indevido da verba de gabinete da vereadora, tanto em benefício dela própria, como de terceiros”.
Em entrevista coletiva nesta segunda, Emília classificou os fatos como “mentiras” que teriam sido criadas pelos seus opositores com a suposta finalidade de prejudicar o seu desempenho eleitoral no próximo dia 6 de outubro. Ela aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e diz acreditar que vencerá o pleito ainda no primeiro turno.
“Os ataques já eram previsíveis. Mas, honestamente, não imaginei que fosse chegar a um nível tão baixo. Enquanto eles me atacam com mentiras e usando os aparatos oficiais, eu respondo, ao povo, que é a quem devo satisfação, com a verdade. Não adianta querer interferir. Eu e Ricardo Marques (candidato a vice) seguiremos, de mãos dadas e cabeças erguidas, porque não temos absolutamente nada a temer”, declarou a candidata.
Emília também questionou a ausência de notificação acerca da investigação que teve início com uma denúncia anônima feita ao Ministério Público Estadual (MPE) e encaminhada ao Deotap. Ela disse que essa seria uma tentativa de “tomar a eleição no tapetão, com acusações infundadas e fora do procedimento legal” e acrescentou: "Disponibilizamos nossos sigilos bancário e fiscal, como sempre fizemos, porque a nossa história é limpa".
Segundo a rádio Fan FM, teriam sido identificados pelo menos duas assessoras que teriam repassado parte dos salários à vereadora e a pessoas indicadas por ela, sendo uma dessas pessoas uma funcionária da Defensoria Pública que supostamente atuava para favorecer processos de pessoas encaminhadas pela vereadora para o órgão público.
O termo "rachadinha", que se popularizou a partir de casos de repercussão nacional, é usado para descrever um esquema de repasse de parte do salário recebido por funcionários, servidores ou prestadores de serviço a um político ou a assessores dele. O crime é tipificado juridicamente como peculato.