Indústria sergipana emite nota técnica sobre aumento do ICMS da energia
Setor antecipa produtos mais caros e demissões como consequências Economia 26/06/2015 14h00Por Elisângela Valença
A Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies) reuniu a imprensa, na manhã de hoje (26), para apresentar nota técnica sobre o aumento da alíquota de ICMS para a energia consumida pela indústria sergipana. Eles reuniram dados do setor referentes aos últimos doze meses, apontando que o reajuste de 17% para 25% vai culminar em aumento de preço para o consumidor final e em demissões no setor.
“Para as empresas, significa um aumento de custo num país em que as empresas estão sem competitividade e, para o consumidor final, um aumento dos produtos para aqueles consumidores que ainda pretendam consumir, porque o consumo no país caiu substancialmente”, disse Eduardo Prado de Oliveira, presidente da Fies.
Em menos de 30 dias, o Governo de Sergipe reajustou a taxação do ICMS no Estado para diminuir o impacto da queda de repasses do Governo Federal e da diminuição de arrecadação. “Nós sabemos que receita é importante, mas que o Governo encontre outros mecanismos, um caminho mais saudável para arrecadá-la. Desta forma, no final, é desemprego e o consumidor vai pagar o custo”, comentou o presidente.
Segundo ele, a indústria sergipana decresceu nos últimos meses em 6% e é o setor que mais tem sofrido com a recessão. De acordo com o publicado na nota técnica, a indústria têxtil sergipana registrou uma queda de 40%, de junho de 2014 a maio de 2015; construção civil, 30%; serrarias e carpintarias, 35%; indústria metal-mecânica, 15%; gráfica, 30%; segmento cerâmico, 40%; açúcar, 24,7%. O setor de bebidas não registrou queda na produção, acredita-se por conta das festas juninas, mas já demitiu 1.800 pessoas.
A nota técnica traz uma simulação de custo com energia elétrica, apontando que, com o reajuste, uma indústria pode chegar a pagar mais de R$ 460 mil em doze meses.
“Como os deputados que decidirão pela aprovação ou não do projeto, vamos levar a nota técnica e conversar com todos eles explicando a situação e os riscos que virão com esta proposta”, disse o presidente da Fies.
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