Com aumento de imposto, cerveja em Sergipe é a mais cara do Brasil
Para a Abrasel/SE, com cervejas mais caras, o mercado fica menos competitivo Economia 08/03/2023 18h55Com os últimos ajustes do ICMS em Sergipe, as mercadorias e serviços têm ficado cada vez mais caros. E com a maior alíquota modal do país, atualmente em 22%, a cerveja no estado é a mais cara do país, de acordo com o presidente da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel) Sergipe, Bruno Dórea, que faz um alerta: com cervejas mais caras, o mercado se torna menos competitivo, inclusive, aumentando as possibilidades da entrada de produtos de maneira ilegal no estado, vindo dos estados vizinhos Bahia e Alagoas.
As mudanças tributárias feitas pelo Governo de Sergipe, que tem adotado medidas que aumentam o ICMS, são a explicação para que o estado tenha a cerveja mais cara. E as distribuidoras já sinalizaram o aumento do produto. “Dessa vez, o aumento não aconteceu devido às estratégias das fabricantes de cerveja. O aumento tem sido provocado por conta dos impostos tributários, que tiveram aumentos nos últimos dias. Os donos dos bares e restaurantes, por exemplo, já estão sentindo esse aumento, que tem feito com que as cervejas sofram alterações em seus preços. Estamos com a cerveja mais cara do país. E isso afeta na lucratividade dos comerciantes, mas, também, no bolso do consumidor, que também tem sofrido com o aumento de outros produtos devido ao aumento dos impostos”, observa Bruno.
Vantagem e Desvantagem
Com a cerveja circulando com preço mais elevado no estado, alguns comerciantes têm buscado importar os produtos. “E isso é muito ruim. Como a cerveja é mais barata em Alagoas e Bahia, que são estados de fronteiras do estado, alguns comerciantes estão buscando os fabricantes desses estados. Então, isso faz com que Sergipe perda em arrecadação e mais que isso: facilita o processo de entrada de produtos de maneira irregular. O que é grave”, reforça Dórea.
Redução dos Impostos
Para o presidente da Abrasel, o Governo precisa repensar suas estratégias e reduzir os impostos. “Nós, enquanto representantes de categorias, compreendemos que a alta dos impostos precisa ser reavaliada pelo Governo. É importante que ocorram diálogos com o setor produtivo, que, mesmo em cenários tão instáveis, não mediu esforços para ampliar suas atividades e garantir a geração de emprego”, avalia Bruno Dórea.
Fonte: Assessoria de Imprensa