Aracaju tem a pior taxa de ocupação hoteleira dos últimos 10 anos
Nem festejos juninos atrairam número esperado de turistas Economia 19/06/2015 17h30Por Aline Aragão
O período junino é um dos mais esperados pelos sergipanos, seja pelas festas, pelas férias e/ou também pelos negócios. Para a rede hoteleira os meses de junho e julho, na região nordeste de modo geral, são considerados de alta estação, mas ultimamente os preços têm estado em baixa em Sergipe, já que a procura vem sendo pequena.
De acordo com a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis seccional Sergipe (ABIH/SE), Daniela Mesquita, a taxa de ocupação gira em torno de 65%, quando o esperado para o período seria de 90%. “Estamos com a pior taxa de ocupação no período junino dos últimos dez anos”, disse.
Daniela aponta a falta de planejamento por parte dos gestores municipais e estaduais como responsável pela situação. “Estamos passando agora pelo mesmo problema que passamos no final do ano. A falta de planejamento e divulgação antecipada deixa Sergipe fora do calendário nacional nos festejos juninos, diferente do que acontece em locais onde a festa já está consolidada, como em Campina Grande (PA), por exemplo", avalia.
Daniela chama atenção para o fato de que quando se fala em divulgação, não necessariamente é preciso falar o nome das atrações. “Tendo a confirmação de que a festa irá acontecer, o local e a data, já dá para fazer um trabalho em cima disso”, disse.
A malha viária seria outro fator que influencia na queda. Segundo Daniela, as passagens para Aracaju estão muito caras e é preciso fazer um trabalho em cima disso também. “Temos uma crise consolidada nesse primeiro semestre, isso é fato e, se ninguém fizer nada, a situação só vai piorar”.
Ela informa que no mês de abril a ABIH/SE, junto com alguns parceiros, realizou uma caravana por algumas capitais do Nordeste. Com o título “Descubra Sergipe”, a caravana teve como objetivo divulgar o destino e o potencial turístico do estado, mas, sem informações sobre a realização dos festejos juninos, estes ficaram de fora da divulgação. “A prefeitura só divulgou o Forró Caju no final de maio, o Arraiá do Povo, o Governo divulgou faz pouco tempo; não temos como trabalhar com incertezas”, lamentou.
Em contrapartida, Daniela Mesquita acredita que o quadro pode ser menos negativo e conta com os turistas de última hora para reverter a baixa procura. “Vamos esperar nossos vizinhos baianos e alagoanos, que não dependem de avião, pra ver se a situação melhora”.
Foto Ilustrativa
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