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Aprenda como proteger o seu dinheiro da inflação
Mercado financeiro eleva projeção de inflação para 9% este ano
Economia 29/06/2015 11h38


Quem já não está, há algum tempo, sentindo no bolso uma alta de preços em bens e serviços? É a tal da inflação. O boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (29) mostra que Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam que a inflação, este ano, chegue a 9%. A estimativa anterior era 8,97%. Essa foi a 11ª elevação seguida na estimativa e alcançou a projeção do próprio BC, divulgada na semana passada. Para 2016, a estimativa continua 5,50%, há seis semanas consecutivas.

A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, tem como centro 4,5% e limite superior de 6,5%. O BC já desistiu de entregar a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), na meta, este ano. O BC tem dito que deve alcançar a meta somente em 2016.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 7,31% para 7,37%, este ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa segue em 7%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 8,45% para 8,58%, este ano.

Enquanto a má notícia é que nos próximos meses a inflação continue a não dar trégua, a boa é que há maneiras de amenizar os efeitos dela no bolso. Veja abaixo 10 estratégias, elaboradas pelos especialistas do SPC Brasil, para proteger seu dinheiro da inflação e fazer o salário voltar a sobrar no fim do mês.

1 – Entenda os seus gastos e organize as finanças
Para saber como economizar, é preciso antes entender como você vem gastando o seu dinheiro. Com este levantamento em mãos, você conseguirá perceber quais compras acabam sendo em excesso. Nosso Simulador Diagnóstico Financeiro ajuda nesta tarefa.

Feito esse diagnóstico, pergunte-se: “como posso reduzir meus gastos?” Neste momento, tenha sangue frio e reconsidere, ao menos nesta época de crise e inflação alta, hábitos que geram mais gastos do que pode se dar ao luxo neste período. “É hora de reduzir os jantares em restaurantes, presentes fora de datas especiais e, mais importante do que tudo, as compras por impulso”, ensina José Vignoli, educador financeiro do Portal Meu Bolso Feliz.

2 – Mude a forma como usa o cartão de crédito
Segundo pesquisa do SPC Brasil, seis em cada dez (57 por cento) inadimplentes estão com faturas atrasadas no cartão de crédito, sendo que 46 por cento se encontram com o nome sujo por conta dessa pendência não quitada. “O cartão de crédito é conveniente porque viabiliza a compra na hora, mesmo que o consumidor não disponha de dinheiro no momento. Com os preços mais altos, ‘deixar para pagar depois’ acaba sendo uma ‘solução’. O problema é que as consequências podem ser devastadoras para a conta bancária de quem não se organiza”, alerta Vignoli. Assim, evite recorrer ao cartão de crédito como recurso para comprar o que deseja, quando não tem dinheiro para isso. “O cartão só é vantajoso para quem tem controle para não gastar mais do que efetivamente possa pagar”, conclui o economista.

3 – Invista no lugar certo
Quanto maior a inflação, mais se perde ao deixar o dinheiro poupado parado na conta corrente. “Também a poupança, apesar da vantagem de ser isenta de Imposto de Renda e taxas de administração, atualmente rende menos do que a inflação. Ou seja, deixar dinheiro nesta aplicação definitivamente não é uma boa ideia neste momento”, explica Vignoli. Bons investimentos no atual cenário econômico são os em renda fixa, como títulos do tesouro ou fundos de investimento e outros produtos financeiros (LCI, LCA e CDB).

4 – Pesquise preços
Hoje em dia, com a facilidade da internet, pesquisar preços está mais fácil. E a prática, em momentos de crise, é uma das grandes aliadas do bolso do brasileiro. “Pesquisar preços é uma tarefa que todo consumidor deve fazer antes de ir às compras. Lojas físicas, sites e até aplicativos ajudam a economizar, não tem nem a desculpa da preguiça”, enfatiza Vignoli. Veja alguns sites e aplicativos que te ajudam na tarefa de comparar preços:

• Google Shopping Brasil

• Shopbot

 Shopping UOL 

• JáCotei

• Bomfaro

• Zura!

• Preço Mania

• BuscaPé (site e aplicativo)

• Meu Carrinho (aplicativo)

• Boa Lista (aplicativo)

5 – Substitua itens e hábitos
Uma forma de reduzir o impacto da inflação sobre o seu orçamento é cortar os produtos que você percebe que estão ficando mais caros e substituí-los por outros produtos ou similares de outras marcas. “Avalie quais gastos são essenciais e não podem ser mudados e quais, embora necessários, podem ser substituídos por equivalentes mais baratos”, diz o educador financeiro. Um exemplo é o almoço no trabalho. Que tal cozinhar em casa e levar uma marmita? “Se a pessoa não tem tempo para isso, ela pode pelo menos levar o lanche, já é uma economia”, exemplifica Vignoli.

Vale também repensar o hábito de passear em grandes centros de consumo, como shoppings ou supermercados. Em especial se tem dificuldade em resistir às vitrines e estantes tentadoras. “Se a grana está curta, é melhor evitar a ida a esses lugares, a não ser que necessite de algo”, alerta Marcela Kawauti, economista do SPC Brasil. Que tal passear em parques, praças, pelo centro da cidade ou mesmo por uma região gostosa do seu bairro ou de outro que você não conhece bem?

6 – Pechinche!
A medida em que os preços sobem, também deve aumentar a famosa “cara de pau” na hora de pagar por produtos ou serviços. Afinal, dificilmente o seu salário aumentará tanto quanto a inflação oficial (nos últimos 12 meses, o índice atingiu 8,47 por cento). “Fica difícil pedir um desconto no supermercado? Pois que tal comprar a carne no açougue, muitas vezes negociando direto com o dono?” ensina Vignoli. Só não caia na ilusão de achar que possibilidade de parcelar a compra é desconto. Desconto é quando o preço diminui e este deve ser o objetivo na hora da pechincha.

7 – Estoque produtos em promoção
Produtos que a família consome com frequência e com data de validade longa podem ser estocados – mas apenas se encontrá-los em promoção. “Por exemplo, um pacote de fraldas que está muito barato. Para quem tem um bebê, gastar um pouco mais, mas evitar gastar mais ainda no futuro é um bom negócio”, diz o especialista. Lembre-se apenas que o preço deve estar realmente vantajoso.

8 – Aproveite as estações do ano para economizar
Consultar a tabela sazonal de produtos hortifrútis é uma excelente forma de substituir os alimentos que estão mais caros no mercado e economizar. Além disso, os produtos de época oferecem uma qualidade maior em relação ao produto nos demais meses do ano, uma vez que seu processo de maturação é natural. Para ver um gráfico de sazonalidade de produtos hortifrútis acesse o portal da CEAGESP.

Da mesma forma que comprar produtos na safra é economicamente vantajoso, adquirir itens de vestuário fora de época pode ser igualmente bom para o bolso. É o caso, por exemplo, de roupas e calçados. Investir em casacos e botas de frio durante o verão, período em que, devido à baixa procura, as peças estão mais baratas, pode ser um ótimo negócio.

O mesmo vale para a compra de roupas de banho durante o frio.

9 – Planeje o seu lazer
Em primeiro lugar, é importante entender que até sua diversão deve ser programada e planejada. Para isso, o primeiro passo é estipular quanto tem para gastar mensalmente. “O limite do lazer ajuda a não extrapolar o orçamento. Em segundo lugar, assim como fazemos na troca de marcas no supermercado, dá para fazer a troca de um tipo de lazer mais caro por um mais barato”, explica Marcela. É possível, por exemplo, trocar o cinema, cujo valor inclui o estacionamento, pipoca e ingresso, por ver um filme em casa.

10 – Procure pagar à vista
“Comprando à vista não se paga os juros das parcelas e ainda dá para negociar o preço do produto, conseguindo um desconto”, diz Marcela. Além disso, você consegue controlar melhor as finanças, minimizando o risco de ter que lidar com várias parcelas acumuladas no futuro, contabilizando um valor que talvez não tenha como pagar. Aí… o efeito bola de neve começa. Imagine tendo que contrair uma nova dívida para pagar compras antigas? Definitivamente o que você não quer nesta época de crise.

“Você conhece o Cadastro Positivo?”

Trata-se de um banco de dados para que a pessoa física e/ou jurídica possa ser avaliada por todas as suas contas pagas (no vencimento e/ou com atraso), ou seja, tenha seu nome incluído na lista de bons pagadores. Terão acesso a este histórico lojas, bancos e outras financeiras, e poderão avaliar melhor o seu perfil de compra, de forma mais completa.

Veja alguns benefícios*:

  • Poderá diminuir a burocracia nas compras a crédito e na aprovação de empréstimos e financiamentos*;
  • Poderá proporcionar melhores condições comerciais, como maior prazo e menores taxas de juros*;
  • Poderá beneficiar pessoas físicas e jurídicas*;

A adesão ao Cadastro Positivo é simples e totalmente gratuita. Para mais informações sobre como se cadastrar,clique aqui.

*A critério de quem estiver cedendo o crédito.

 

*Com informações da Agência Brasil

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