Venâncio: informação sobre erro na obra da ponte é de jornalista
Gualberto observa que Diógenes Brayner nem sempre fala a verdade Política 16/08/2011 16h49Após o ouvir o discurso do líder do governo, o deputado Francisco Gualberto (PT), negando a existência de erro na estrutura da obra da ponte que liga Indiaroba a Estância, em andamento, o deputado estadual e líder da oposição, Venâncio Fonseca (PP), disse que não era autor da informação. “É fruto de uma nota, apenas li o que escreveu o jornalista Diógenes Brayner (do Correio de Sergipe) que dizia que houve erro de engenharia na ponte, que deveria fazer um movimento de cima para baixo, mas estava peneirando, tremendo”, explicou.
Venâncio destacou a presença, no Plenário, do secretário de Estado da Infraestrutura (Seinfra), Valmor Barbosa, que é seu primo. “É um profissional de destaque na classe de engenheiros. Só falta a ele um governo mais ágil, mais executivo. Por isso ele está ansioso. Trata-se de um governo devagar, quase parando”, comentou o parlamentar, lembrando que o intuito da oposição não é desejar 'o quanto pior, melhor'. “As críticas e as provocações são feitas para que o governo seja mais ágil, porque é devagar”, reiterou.
Segundo o líder da oposição, a manchete é de responsabilidade do jornalista que escreve, se referindo às queixas feitas pelo ex-governador João Alves Filho destacadas pelo jornal Cinform. “Ele apenas mostrou sua preocupação com a ponte, com a manutenção. Em qualquer lugar as pontes precisam de revisão. Ele projetou, executou a obra e estava preocupado. Notou atraso com relação a esse tipo de assistência que no futuro podia prejudicar a estrutura. Seria algo mais grave”.
“Acordaram e viram que João Alves tinha razão. Contrataram uma empresa por quase dois milhões de reais para dar assistência aos fatos alertados pelo ex-governador. É isso o que nos queremos. É mostrar a preocupação e o governo concordou. Está no Diário oficial, uma empresa foi contratada”, mostrou Venâncio. O deputado disse ainda que na nota Brayner revela que veio um engenheiro do Chile para cuidar do problema. “O jornalista confirmou tudo de novo. A coluna reafirma que há problema técnico na obra da ponte que liga Estância a Indiaroba”.
Segundo a nota, relata Venâncio, o engenheiro chileno está em Aracaju esperando o responsável pela obra. “A oposição não tem nada com isso, o jornalista dá informações detalhadas sobre os problemas da ponte. E se tiver problemas de engenharia, e daí? Se há defeitos, se corrige. Porque essa celeuma toda? Se há erro, a ponte não será inaugurada com esse erro e nossa obrigação é abrir os olhos (do governo), mostrar a realidade dos fatos”.
O vice-líder da oposição, deputado estadual Augusto Bezerra, lamentou o fato do colega Gustinho Ribeiro ter afirmado que a oposição tinha 'dançado' na informação. “(ele) Precisa ler os jornais. A ponte da Caueira o ex-governador já deixou iniciada e essa ponte o projeto foi feito no governo de João Alves, não precisam esconder”. No projeto original, lembrou Bezerra, a ponte não balançava. “Em Aracaju todas as avenidas foram feitas por João Alves, as maternidade que funcionam e a ponte Aracaju Barra foi feita para ligar a região Sul à região Norte. Se há um engenheiro chileno aqui, que se esclareça. Brayner insiste porque possui dados”, argumentou.
O líder do governo negou que o ex-governador João Alves tivesse feito qualquer alerta. “Desde o governo João havia um cronograma para a manutenção da ponte (Aracaju-Barra). Ele fez comentários há dois meses atrás, apenas há desespero pela aproximação das eleições”.
Gualberto disse que Brayner nem sempre fala a verdade e pode se basear em fontes falsas. “A notícia não é verdadeira e não dá para ficar aqui afirmando porque ele escreveu de novo. Não podemos ser pautados por fofocas. Fiz um pronunciamento e trouxe dados da engenharia, então por que iria me basear e dar eco a uma nota de jornal? Ele pode escrever todos os dias, falar o que quiser, mas na democracia as pessoas precisam escutar. Por mim ele pode escrever até o dia da inauguração. É preciso separar o que há de verdade e fofoca numa obra dessa”, concluiu.
Foto: Maria Odília
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