Valmir de Francisquinho deve se pronunciar quanto a falas sobre Justiça Eleitoral
STF determinou que ele se manifeste sobre declarações relacionadas ao pleito de 2022 Política | Por Ana Luísa Andrade 17/05/2023 13h00O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou um prazo de dez dias para que o ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), se manifeste a respeito de declarações dadas por ele durante entrevista concedida ao Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, no dia 17 de abril de 2023, em relação à Justiça Eleitoral. A decisão foi relatada nessa terça-feira (16) pelo ministro Luiz Fux, em resposta a petição do senador Alessandro Vieira (PSDB).
Na ocasião, o ex-candidato ao Governo de Sergipe alegou que alguns de seus concorrentes - os senadores Alessandro Vieira e Rogério Carvalho (PT) e o candidato eleito, Fábio Mitidieri (PSD), então deputado federal - teriam se articulado para torná-lo inelegível e, consequentemente, tirá-lo do pleito eleitoral. Além disso, o ex-prefeito de Itabaiana afirmou que seu apoio a Rogério Carvalho no segundo turno se tratou de uma estratégia para tornar-se elegível novamente.
"A minha linha era não declarar apoio nem a Fábio e nem a Rogério [...] porque ambos trabalharam para me deixar inelegível e me tirar do pleito eleitoral, como todos, como Alessandro, como outras pessoas políticas também, o mesmo discurso eu mantenho [...] No segundo turno, eu não tinha opção: para ficar elegível, eu tinha que declarar apoio a ‘A’ ou a ‘B’. Não tinha alternativa. Escolhi a menos traumática para mim, aqui na região do Agreste. Eu já estava fora, só poderia ser candidato em 2028 e aí, para me livrar, declarei apoio a Rogério, mas foi uma declaração para aquele momento", afirmou Francisquinho durante a entrevista em questão.
O F5 News tentou contato com a assessoria jurídica de Valmir de Francisquinho, mas não houve êxito até o momento. O portal permanece à disposição
Confira o documento na íntegra.
À época das eleições de 2022, as pesquisas mostravam que Valmir era o candidato favorito ao cargo. Mesmo inelegível e com candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) naquele momento, ele recebeu 457.922 votos, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SE).
Se tivessem sido computados como válidos, Valmir fecharia o primeiro turno com 37,6% da votação e teria disputado o segundo contra o senador Rogério Carvalho.