Senador Alessandro Vieira foi alvo de espionagem da Abin, aponta PF
"Fui vítima de espionagem criminosa e ataques on-line", afirma o senador em suas redes Política | Por F5 News 11/07/2024 15h08As investigações da Polícia Federal (PF) sobre o monitoramento ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro revelaram que autoridades dos Poderes Judiciário e Legislativo foram alvos de ferramentas. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) afirma ter sido um desses alvos. O relatório da PF fundamentou a operação deflagrada nesta quinta-feira (11) no âmbito das investigações da chamada “Abin paralela”.
Segundo o senador Alessandro Vieira, “a operação de hoje da PF mostra que fui vítima de espionagem criminosa e ataques on-line praticados por bandidos afastados do poder no governo passado. Isso é típico de governos ditatoriais”.
Vieira, ao publicar em suas redes sociais, destacou o impacto dessas práticas. "O Brasil segue cheio de problemas, mas ao menos do risco de volta da ditadura nos livramos". Ele reforçou que a operação é um passo importante para garantir a transparência das instituições brasileiras.
Os detalhes da investigação indicam que o monitoramento ilegal buscava obter informações que pudessem ser usadas para vantagens políticas. As ferramentas utilizadas pela Abin tinham como alvo principal figuras públicas de destaque, comprometendo a segurança e a privacidade de diversas autoridades e profissionais de imprensa.
A PF prendeu quatro suspeitos de envolvimento na suposta espionagem ilegal: um militar do Exército, um agente da PF, um empresário e um ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social do governo Bolsonaro.
Segundo a PF, os presos responderão por crimes de espionagem ilegal e violação de privacidade. A PF continua com as investigações para identificar todos os envolvidos e desmantelar completamente o esquema de monitoramento ilegal.
Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP.