Nesta quarta-feira, inicio uma nova missão parlamentar, no Senado da República, que representa um enorme e instigante desafio na minha trajetória de vida. Após 12 anos de lutas e conquistas em benefício de Sergipe e do Brasil, como representante na Câmara dos Deputados, hoje me defronto com algo de magnitude exponencial graças à generosidade de Deus e a vontade do nosso povo, ao qual reitero minha gratidão! Não pouparei esforços para honrar a missão a mim confiada.

Assessoria de Comunicação/Reprodução

Fiz uma campanha focada em propostas, com a geração de emprego por alicerce. Destaquei a importância da educação para o trabalho, dos cuidados necessários com a saúde e do bem-estar proporcionado pelo lazer, elementos fundamentais à qualidade de vida. Nesse primeiro momento, a queda do desemprego e o aumento da renda das famílias são prioritários, sobretudo diante da desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) após o enfraquecimento dos preços das commodities e a deterioração das condições financeiras globais.

Com um cenário externo mais restrito, de menor liquidez – o que desestimula os investimentos – e previsão de parco crescimento mundial, faz-se imperativo que usemos toda a nossa criatividade. Os caminhos estão postos: o Brasil (e Sergipe, em particular) tem reservas gigantes de gás natural, um combustível com potencial para alavancar a produção de hidrogênio azul e servir de matéria prima de fertilizantes nitrogenados e na petroquímica. Além da independência energética, investir nesse setor trará benefícios diretos na agricultura familiar e no agronegócio, nas estratégias globais de descarbonização e na geração de empregos.

Com a Nova Lei do Gás (Lei 14.134/21), da qual fui relator, abriu-se a perspectiva de retomada do crescimento da indústria nacional e sergipana. Acredito que Sergipe viverá um novo momento a partir dos investimentos que o governador Fábio Mitidieri tem buscado nas áreas de petróleo e gás, com excelentes resultados já nos primeiros contatos. Acompanhei com especial atenção as tratativas para implantar uma refinaria na área do porto Inácio Barbosa, em Barra dos Coqueiros, projeto com potencial para desenvolver a cadeia da indústria de energia, com reflexos também na infraestrutura logística estadual.

A redução da pobreza e das desigualdades passa pela melhor política social que existe, o emprego! Serei um senador focado no desenvolvimento do País e na atração de novos empreendimentos para Sergipe, com mais oportunidades para a nossa gente. Os jovens brasileiros na faixa dos 15 aos 24 anos enfrentam uma taxa de desemprego três vezes maior que a da população adulta. Além disso, 23,5% deles não estudam, não trabalham e nem estão em treinamento. Como sabemos, a riqueza alcançada pelas nações mais desenvolvidas é fruto de um pacto nacional pela educação como política de Estado, razão pela qual precisamos focar no conhecimento e na pesquisa.

Minha passagem como dirigente na Fecomércio/SE e “Sistema S” reforçou em mim a visão de que a formação voltada à profissão cria o “caldo de cultura” necessário para melhorar a qualidade da mão de obra e a produtividade do País, e serve como um diferencial estratégico no concorrido mercado. Será prioridade do meu mandato, portanto, fortalecer e ampliar a estrutura de capacitação profissional, que deve ser totalmente pensada para oferecer o instrumental requerido pelos objetivos que queremos alcançar – no caso de Sergipe, prioritariamente, o fomento às indústrias do petróleo e gás, e também do turismo, um dos setores que mais emprega no mundo.

Outro ponto de dedicação deste mandato será o combate às distorções regionais, com destaque para o setor produtivo do Nordeste – e em especial, de Sergipe. Devemos enfrentar questões essenciais, como o sistema tributário e seu impacto sobre a economia, o fortalecimento e aperfeiçoamento das políticas regionais de concessão de incentivos fiscais, os programas de investimentos público-privados e a criação de metas futuras de crescimento, medidas essenciais para ampliar a oferta de novos postos de trabalho e, por consequência, reduzir as desigualdades econômico-sociais no País.

Por fim, mas não menos importante, gostaria de destacar um outro foco para este novo mandato: a urgente e necessária pacificação do Brasil, a fim de que possamos construir uma sociedade mais justa, unida, sólida e fraterna, por meio do diálogo e da conciliação, que devem orientar a democracia e a convivência civilizada. Somos todos irmãs e irmãos, devemos, assim, nos unir em torno de projetos e propostas que visem o bem maior da Nação, respeitando as diferenças e fazendo disso um exemplo para o mundo.

Que Deus nos ilumine os caminhos!

Artigo originalmente publicado no Jornal da Cidade