Deputado avalia que boicote ou má gestão na SSP explica tantos assaltos
“Quem não quer trabalhar saia. Seja secretário ou secretariado”, diz Gilmar Carvalho Política 23/08/2011 08h09Por Joedson Telles
O deputado estadual Gilmar Carvalho (PR), que no seu programa de rádio já fez inúmeras e duras críticas aos secretários de Segurança Pública dos governos João Alves (DEM) e Albano Franco (PSDB), mas sempre poupou o atual titular da SSP, o delegado João Eloy, perdeu a paciência, na manhã desta terça-feira, dia 23. O deputado radialista alertou seus ouvintes para um possível boicote que passou a existir no trabalho que visa dar segurança aos sergipanos, nos últimos dois meses – algo somente descartado por ele na hipótese de estar havendo problema de má gestão por parte do atual comando da pasta.
“Ou há boicote de policiais, nas últimas semanas, ou problema de má gestão. A sucessão de assaltos mostra que a população não pode continuar pagando a conta calada. Espera-se uma posição dura do governador Marcelo Déda. O governo melhorou as condições de trabalho e paga um dos melhores salários do País a uma polícia que merece. Mas quem não quer trabalhar saia. Seja comandante ou comandado. Secretário ou secretariado. O povo não pode aceitar calado”, disse.
O deputado reconheceu avanços na SSP na era João Eloy. Entretanto, salientou que, nos últimos dois meses, “a coisa desandou em Aracaju, Itabaiana, em todo o estado. Em capela houve arrastão no centro”. Gilmar observou que nenhuma polícia do mundo consegue evitar 100% da criminalidade. Todavia, essa mesma polícia já deu provas que pode desenvolver um trabalho mais eficiente.
Sem esforço para ilustrar o argumento que sustenta o pressuposto que Sergipe já não tem a mesma segurança de dois meses atrás, o deputado abriu espaço em seu programa para um comerciante narrar os momentos de pavor que a sua família viveu, por volta das 21h de ontem, na avenida Urquiza Leal, quando dois homens armados invadiram sua residência e, apontando armas para a cabeça dos seus familiares, levaram o que quiseram, inclusive um veículo Fiesta com quatro dias de comprado.
“Estava no meu estabelecimento comercial, que também já foi assaltado, quando fui avisado por meu genro. Voltei para casa, e quando fomos à Delegacia Plantonista prestar queixa, não vi um só carro de polícia nas ruas. Lá recebi um telefonema de minha funcionária dizendo que estava com medo porque dois homens numa moto rondavam o local”, disse o comerciante.
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