Projeto Pôr do Som valoriza artistas locais e fomenta o turismo em Aracaju | F5 News - Sergipe Atualizado

Cultura
Projeto Pôr do Som valoriza artistas locais e fomenta o turismo em Aracaju
A segunda edição acontece aos finais de semana do mês de abril
Entretenimento | Por Agência Aracaju 25/04/2024 15h07


O cenário da música na capital sergipana conta com grandes artistas da terra. Ao longo dos últimos anos, esses talentos têm tido, cada vez mais, a oportunidade de levar suas artes para o grande público, isso porque a Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), tem criado importantes espaços para a manifestação cultural. Um exemplo disso é o projeto Pôr do Som, que leva artistas sergipanos à Orla Pôr do Sol, no bairro Mosqueiro, proporcionando um momento especial para aracajuanos e turistas, fomentando o turismo e movimentando a economia da cidade.

O projeto teve início em dezembro de 2021, logo após o período da pandemia, como uma forma de incentivar os artistas locais, uma das classes que mais sentiu os impactos econômicos causados pela covid-19. Esse ano, a segunda edição acontece aos finais de semana do mês de abril, levando ainda mais diversidade musical para o local, dando a oportunidade para que a população possa curtir um momento de música boa e belo visual da Orla Pôr do Sol, um dos cartões postais da cidade, localizada às margens do rio Vaza-Barris.

Na primeira edição foram reunidas nove atrações musicais distribuídas em três finais de semana, levando ao público o acesso gratuito à uma diversificada programação cultural. Foram elas: Rayra Mayara, Samba de Moça Só, Jeanny Lins e Forró Sonho Real, Meu Samba, Zanny a Musa, Mayko Santos, Banda Mina Menina, Sergival, Odir Caius e a Quadrilha Junina Século XX. As apresentações aconteceram de forma simultânea com o pôr do sol, momento mais privilegiado do espaço turístico.

Segundo o presidente da Funcaju, Luciano  Correia, a realização do projeto também fortalece e consolida ainda mais esse importante ponto turístico da capital. “Além de ser um dos lugares mais bonitos da nossa cidade, a Orla é um ponto de partida para a Crôa do Goré, que é um dos destinos mais visitados. A cultura agora se soma a um dos grandes pontos turísticos de Sergipe. O festival é o resgate desse nosso compromisso com o Mosqueiro”, pontua o gestor da pasta cultural do Município.

O melhor da música sergipana esteve de volta ao minitrio instalado no calçadão da Orla neste mês de abril, quando ocorreu a segunda edição do Pôr do Som. Neste próximo final de semana, 27 e 28, a temporada chegará ao fim com as apresentação de artistas do forró, da música eletrônica, do reggae, funk, entre outros estilos.

“A ideia do evento é comemorar o pôr do sol com muita música de qualidade e de variados ritmos e estilos, descentralizando as atividades culturais e proporcionando momentos de lazer e apreciação artística”, destaca Luciano Correia.

Para além do entretenimento e da oferta de atrações musicais gratuitas para a população, o projeto também tem como efeito o incentivo ao comércio na Orla do Pôr do Sol e em locais próximos. Além dos vendedores ambulantes, também é beneficiada toda a cadeia de bares e restaurantes do local. “Essa ação fortalece a cultura, gera renda e promove o turismo aracajuano”, garante o presidente da Funcaju.
 
Até o momento, se apresentaram nesta segunda edição os cantores: Lito, Tchapas, Grupo Xoteado, Missinho, Patrícia Polayne, Mania de Ser, DJ Juu Faryas, Zé Aroldo Sax e Jazzlação, Ela Sambô, Sinha Mello, DJ Anny B, Lucas Campelo, Raquel Diniz, Os Três Moleques, DJ Gessana Shakti, Robertinho dos 8 Baixos, Tinho Marinho, Pipo Reis, DJ Gabineguin, Ararão do Nordeste, Edelson Pantera, e os Faranis.
 
Valorização cultural

 
Os artistas da programação, além de se sentirem valorizados, destacam a importância do Projeto Pôr do Som para a cultura local e para o turismo. O cantor da banda Mania de Ser, grupo de samba raiz de Aracaju, Elbert, participou das duas edições e ressalta que o evento movimenta não apenas a parte cultural, mas também a economia local.

“Sermos lembrados nos grandes eventos fomenta o mercado de trabalho. Na minha banda são dez pessoas, e o Projeto Pôr do Som não é apenas o músico no palco, mas tem o profissional que monta o som, o proprietário do minitrio, as pessoas que aproveitam aquele momento para vender seus produtos. Acho que com isso o cenário cultural é bem valorizado. Acho bacana quando acontecem eventos desse tipo, porque gera emprego no setor da música e também em outros setores. Sem contar no incentivo ao turismo. É importante esse projeto estar sempre acontecendo”, disse.
 
Quem também se apresentou foi a DJ Gessana Shakti, que agitou o público com a boa música eletrônica. Ela acredita que o projeto abre portas para que o artista local se torne mais conhecido. “Até pouco tempo atrás não existiam espaços para os nossos artistas locais de uma forma diversa. A gente tem uma cultura que é muito forte, que é a do forró, do arrocha, essas bandas que são mais típicas da cultura nordestina local. Até mesmo o pagode da Bahia é muito forte aqui também. E com o projeto Pôr do Som dando visibilidade para outros artistas, dá mais espaço para que eles possam se mostrar para o público em geral, que ainda não os conhece. O eletrônico, o reggae, o rock, que a gente chama de underground, que as pessoas acabam não conhecendo, às vezes até por essa falta de oportunidade, acabam tendo mais visibilidade, o que é bom não só para o artistas, mas para a cidade, que passa a conhecer outros talentos”, afirmou.
 
Para ela, o projeto também dá mais motivos para que o turista se apaixone pela cidade e queira voltar. “Ter essa diversidade de artistas é bom para o turismo também, principalmente para o turismo daquele local. As pessoas não ficam muito na Orla Pôr do Sol, porque muitas chegam, entram no catamarã e vão embora. Então, tendo a música ali, ajuda para que as pessoas fiquem e consumam no local”, disse.
 
A cantora Raquel Diniz, que também se apresentou pela primeira vez nesta segunda edição do Pôr do Som, destaca que o projeto é uma oportunidade de os artistas mostrarem o talento. “É uma forma de podermos dar visibilidade aos nossos projetos, expandindo nosso trabalho para um público diferente. Eu, particularmente, faço muitas coisas dentro do universo privado, e sempre tive esse desejo de fazer apresentações nos espaços públicos. Seria bem legal se houvesse mais ações como essa circulando em vários espaços da nossa cidade, com uma rotatividade de artistas de diversos gêneros. Não ganha só o artista local, mas ganha toda a comunidade. A partir desses movimentos culturais, que desenham a história cotidiana, a gente vai educando as pessoas a também se reconhecerem dentro desse processo, fortalecendo a identidade cultural do nosso povo”, afirmou.
 
A artista também reconhece a importância do Pôr do Som no incentivo ao turismo e à economia local. “Ainda existe a questão do fomento ao turismo das pessoas que visitam, que se interessam por conhecer mais a nossa cultura, a nossa arte, e poderem acessar isso. Dentro desse fluxo, a gente sabe que vai fomentar, não só o turismo, mas também tudo o que envolve o setor, gerando empregos. A gente contribui com nosso processo e ainda promove a nossa cidade. É muito importante e espero que esse projeto e tantos outros tenham vida longa, nessa gestão”, finaliza.

Confira abaixo a programação do último final de semana da 2ª edição do Pôr do Som

27/04 - Sábado

15h - Dj Kátia Dark

16h - Reizado Estrelinha do Nordeste

17h - Brasileiríssimo

19h - Sinho Melo

28/04 - Domingo

15h - DJ Cat

16h - Jazzlação Premiada

17h30 - Fábio Lima

19h - Realce

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