Poesias não publicadas de Mário Jorge serão conhecidas em evento | F5 News - Sergipe Atualizado

Poesias não publicadas de Mário Jorge serão conhecidas em evento
Evento resgatará obras através da poesia, música e teatro
Entretenimento 10/01/2013 15h55


Por Sílvio Oliveira*

Um evento para marcar a vida e a morte do poeta Mário Jorge e resgatar a obra dele. Esse é o objetivo do encontro de música, poesia, teatro e homenagens que será realizado nesta sexta-feira (11), no Teatro Atheneu, às 19h, em Aracaju (SE). Durante o evento, a obra do primeiro poeta concretista sergipano será lançada, já que somente o envelope “Revolição” se tornou público em vida.

Os músicos Beto Carvalho e Anabel Vieira irão transformar a poesia de Mário Jorge em música, nos primeiros sons da programação. A Cia. De Teatro Stultíferas Navis participará das homenagens representando “Mário Jorge: Leia em Voz Alta para o Seu Estimado Cachorro!”.

Também acontecerá um recital de poesias, exposição da vida e obra de Mário Jorge, relançamento da obra “Revolição e depoimentos de amigos do poeta, a exemplo de Ilma Fontes (poetisa, escritora e jornalista), Thiago Martins Prado (professor doutor da Uneb e pesquisador da obra de Mário Jorge), Wellington Mangueira (companheiro de atividades políticas no PCB) e Ana Lúcia (irmã e deputada estadual).

Mário Jorge é considerado o primeiro poeta sergipano concretista (poesia de caráter experimental, vanguardista, visual). Também participou do cenário político na década de 60. Sua obra envelope “Revolição” foi lançada em 1968. Mas é no livro “Poesias de Mário Jorge”, publicado postumamente em 1982, que se encontra boa parte da primeira fase de produção, de cunho social e com influências do pensador russo Maiakovski e do poeta Thiago de Mello.

Também escreveu poesias sociais e libertárias nos livros “Silêncios Soltos” (1993), “Cuidado, Silêncios Soltos” (1993) e “De repente, há Urgência (1997).

A segunda fase do poeta une traços do concretismo à poesia marginal publicada em muros, vendidas em bares, cinemas, teatros, praias, além da coluna “Geleia Geral”, mantida por Torquato Neto no jornal Última Hora.

Mário Jorge morreu em 1973, há 40 anos, com 23 anos de idade (1946- 1973) em um acidente automobilístico no dia 11 de janeira, data em que o poeta revolucionário estará mais uma vez vivo em música, poesia e teatro.

*Com Informações da assessoria de Comunicação

Foto: Ilustração

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