Música, dança e teatro marcaram Show de Talentos dos alunos surdos
Programação contou com palestras e apresentações artísticas Entretenimento 03/10/2014 14h09Música, dança, teatro e poesia marcaram a manhã dessa sexta-feira (3), dos alunos e professores da rede estadual de ensino que participaram do Show de Talentos Surdos, promovido pela Secretaria de Estado da Educação (Seed). O evento foi realizado no auditório Professora Maria Hermínia Caldas, na sede da Seed, e organizado pela Divisão de Educação Especial (DIEESP) e do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS).
A programação contou com palestras e apresentações artísticas dos alunos surdos, que realizaram números de dança, teatro, desfile, desenho, música, piada, poesia, entre outros. Antes de iniciar as palestras, os participantes tiveram à sua disposição serviços como massagem, ginástica laboral, limpeza de pele e maquiagem, esfoliação, entre outros.
A equipe do CAS aproveitou a oportunidade para explicar sobre as funções executadas pelo Centro. As palestras tiveram início com o vice-presidente do Centro de Surdos de Aracaju (CESAJU), Geraldo Ferreira, discorrendo sobre o dia nacional da luta da pessoa surda.
“Esse é um dia muito especial. Há algumas décadas, no Brasil, não havia escolas para surdos, e essas pessoas eram rejeitadas pela sociedade e até pela família. Hoje tudo evoluiu e os surdos já estão nas escolas, no mercado de trabalho, e em vários outros setores”, disse Geraldo Ferreira.
Outra palestra foi ministrada pelo médico Almir Santana, sobre Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Para ele, é de fundamental importância dialogar com esse público. “Esse é um público diferente com o qual eu não tenho tido a oportunidade conversar. Acho importante porque a AIDS é uma epidemia mundial e que pode atingir a todos”, declarou.
Inclusão
O diretor da Diretoria de Educação (DED/SEED), Manuel Prado, destacou a importância do trabalho desenvolvido pela DIEESP. “Essa divisão tem desenvolvido um grande trabalho junto a rede estadual de educação. Entendo que a gente precisa universalizar a qualidade dos trabalhos que tem sido coordenados pela Dieesp, e precisamos melhorar no sentido de ofertar aos estudantes esses espaços de participação social e de formação cidadã. É preciso que a gente dê a oportunidade para que as crianças e jovens com deficiência tenha também esse espaço”, disse.
A diretora da DIEESP, Maria Aparecida Nazário, disse que atualmente diversas escolas da rede estadual de ensino trabalham com alunos com surdez e os professores têm conhecimento da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) para poder alfabetizá-los. Ela ressaltou também os benefícios de colocar lado a lado alunos com e sem deficiência. “Isso vai propiciar uma sociedade mais solidária, mais humana. Desde cedo as pessoas que não possuem deficiência mantêm esse contato. Isso irá fazer com que eles tenham uma ascensão social muito maior”, explicou.
Importância
A técnica pedagógica do CAS, Ana Paula Andrade de Melo, destacou que esse é um dia para refletir sobre os direitos, os avanços e os desafios da pessoa surda. “A sociedade precisa ter um olhar diferenciado para esse público que ainda precisa alcançar direitos que já foram adquiridos legalmente, mas que na prática nem sempre isso acontece”, disse.
Alícia Lorena Firmino, que é aluna da Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos de Sergipe (Apada), afirmou que esse encontro é importante para dar incentivo a outros alunos surdos. Auxiliada por sua tradutora, ela disse que “é fundamental um evento como esse para incentivar e ajudar nós, surdos, em nosso desenvolvimento”. Já a sua colega, Welya Raiane Souza dos Santos, disse ter gostado de assistir as apresentações dos alunos.
Jane Cleide Salgueira de Jesus (foto ao lado), que é tradutora da Escola Estadual 11 de Agosto, disse que é preciso mostrar aos surdos que eles têm as mesmas capacidades de todas as pessoas. “É importante mostrar aos outros surdos que eles também são capazes. Não é uma deficiência que vai fazer com que eles sejam menores. É importante dar esse incentivo e mostrar que eles são úteis na sociedade. Mostrar que eles podem ter uma atividade como a gente, conseguir uma profissão boa, se formar numa universidade”, declarou.
Fonte: Ascom/SEED
Fotos: Juarez Silveira
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