Anita Prestes lança livro em Aracaju
Entretenimento 18/03/2013 10h21Por Elisângela Valença
Logo mais, às 19 horas, no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS), acontece o lançamento do livro ‘Luiz Carlos Prestes – o combate por um partido revolucionário (1958-1990)’. O lançamento acontece a convite do deputado estadual João Daniel e da Editora Expressão Popular.
O livro traz um recorte da história do comunista revolucionário Luiz Carlos Prestes e foi escrito pela filha, Anita Prestes. “Este é o período final da vida de meu pai, que mostra as divergências crescentes dele dentro do Comitê Central [do Partido Comunista Brasileiro – PCB]”, disse a historiadora. A escritora concedeu entrevista coletiva na manhã de hoje, no Sindicato dos Radialistas de Sergipe.
Anita é autora de onze livros, todos falando sobre o pai, o PCB e este período da História do Brasil. “Densenvolvo pesquisas há 30 anos sobre a trajetória política de meu pai e do PCB, até porque, a partir dos anos 1930, não dá para separar a vida de Prestes e do PCB”, explicou.
Todo este trabalho tem motivo. “A vida de meu pai é pouco conhecida no Brasil. A classe dominante, através da grande mídia, sempre teve interesse de, ou silenciar a figura dele, ou caluniá-lo. Por isso, existem muitas versões deturpadas de sua história, especialmente de declarações feitas por ele”, explica Anita.
Uma destas situações é o apoio dos comunistas ao governo de Getúlio Vargas durante a Segunda Guerra Mundial. “Tanto Prestes, como o PCB, apoiaram Vargas sem fazer um acordo, sem jamais ter se encontrado pessoalmente com ele. O que houve foi um apoio político, sem nada em troca, quando Vargas cedeu ao movimento de massas no Brasil para entrar na guerra contra os paises do eixo. Tanto que muitos comunistas se alistaram no Exército e foram lutar na Itália”, disse.
Anita Prestes
A história de Anita Leocádia Prestes é profundamente marcada pela história política do Brasil. “Eu costumo dizer que eu sou filha da solidariedade internacional”, brincou. Ela nasceu na prisão feminina no Campo de Concentração de Barnimstrasse (Alemanha), durante o período ditatorial de Adolf Hitler. Ela foi afastada da mãe, Olga Benário, que havia sido exilada do Brasil.
A avó paterna, Leocádia Prestes, iniciou uma campanha de proporções internacionais e conseguiu resgatar Anita aos catorze meses de idade. Ela viveu no México até os nove anos de idade e passou a infância sem o pai, que estava preso no Brasil.
Na década de 1970, foi exilada na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, retornando ao Brasil em 1979, com a Lei de Anistia. Graduou-se em Química, em 1964; titulou-se mestre em Química Orgânica, em 1966; titulou-se doutora em Economia e Filosofia em 1975; e, em 1990, concluiu o doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense.
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