SE tem saldo negativo na balança comercial
Estado apresenta crescimento de 54,9% nas exportações, neste 1º semestre Economia 26/07/2011 15h43Por Silvio Oliveira
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio divulgou, nesta terça-feira (25), uma análise da balança comercial sergipana, apontando que o Estado continua importando mais do que exportando, gerando um saldo negativo. Realizado pelo economista Danilo Munduruca, o estudo demonstra, contudo, que o cenário é bem mais favorável este ano do que nos anos de 2010 e 2009.
Segundo a análise, os dados mostram que neste primeiro semestre Sergipe apresentou um crescimento nas exportações de 54,9% e nas importações de 77,2%, implicando numa maior inserção no comércio internacional, dado que sua corrente de comércio passou de US$ 116.689 milhões para US$ 200.605 milhões, quando comparada aos primeiros semestres de 2010 e 2011.
“O saldo da balança comercial continua negativo, mantendo o quadro histórico de déficits comerciais – exceção feita ao ano de 2007 – sendo que o deste primeiro semestre está em US$ 115.009 milhões”, diz o economista.
Analisando-se apenas o resultado para o mês de junho, verifica-se que as exportações somaram US$ 4.235 milhões, representando um aumento de 4% em relação a junho do ano anterior, cujo montante exportado havia sido de US$ 4.218 milhões, e um aumento de 34,8% em relação a maio de 2011.
As importações, por sua vez, somaram em junho um montante de US$ 30.874 milhões, o que significou uma expansão de 89,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 45,2% em relação a maio de 2011. Contudo, como as importações continuam maiores que as exportações, o resultado é um déficit, em junho deste ano, de US$ 35.109 milhões.
Conforme o estudo, os produtos de destaque nas exportações de Sergipe são o suco de laranja, o açúcar e os calçados. O suco de laranja, tradicional item da pauta, registrou exportações de US$ 12.3 milhões, respondendo por 28,8% da pauta deste ano, sendo o montante exportado 27% superior ao do primeiro semestre de 2010. Os principais compradores do suco de laranja sergipano são os países Holanda (US$ 4.587 milhões), Bélgica (US$ 3.052 milhões) e Turquia (US$ 1.543 milhões).
O açúcar, por sua vez, se destaca em duas classificações da NCM: o açúcar de cana, em bruto e os outros açúcares de cana. Na soma, estes dois produtos somam US$ 13 milhões, respondendo por 30,3% das exportações estaduais no ano corrente. Estes produtos são adquiridos por Rússia (US$ 7.267 milhões), Canadá (US$ 1.606 milhões), Colômbia (US$ 1.827 milhões), Benin (US$ 1.022 milhões) e Cabo Verde (US$ 730 mil).
Os calçados respondem por US$ 10 milhões, ou seja, 25,9% do que o Estado exportou este ano, sendo o mercado consumidor constituído, sobretudo, por países da América do Sul, a exemplo de Bolívia (US$ 1.502 milhões), Colômbia (US$ 1.659 milhões), Venezuela (US$ 1.305 milhões) e Peru (US$ 21.282 milhões).
A América Latina, a Europa Oriental e a África são os principais mercadores compradores e as principais empresas continuam sendo a Vulcabras Azaleia (US$ 9.365 milhões); Usina Caeté (US$ 8.873 milhões); Tropfruit (US$ 7.141 milhões); Maratá Sucos (US$ 5.360 milhões); e, Usina São José Pinheiro (US$ 4.089 milhões).
“Destas cinco empresas, a exceção da Usina Caeté, todas recebem algum tipo de benefício do governo estadual, seja locacional ou fiscal, demonstrando que a política industrial do governo, focando na atração de novas empresas ao Estado, tem impactado também no aumento das exportações de Sergipe”, informa o economista.
Importações
Os cinco produtos de maior destaque na pauta de importação do Estado no acumulado do ano de 2011 são, respectivamente: trigo, diidrogeno-ortofosfato de amônio, coque de petróleo, sulfato de amônio e aparelhos para filtrar ou depurar líquidos.
O trigo abastece as indústrias fabricantes de pães e massas. O diidrogeno e o sulfato de amônio são insumos para as misturadoras de fertilizantes do estado. O coque de petróleo é o insumo energético das fábricas de cimento. Já os aparelhos para filtrar ou depurar líquidos constituem bens de capital para indústria local.
Mesmo com os indicadores deste início de ano apontando para uma maior inserção do comércio exterior sergipano, é sabido que o Estado é tradicionalmente importador, sobretudo de bens de capital e insumos para sua indústria, e que o resultado comercial deve permanecer negativo. “O fato de ser tradicionalmente importador não tem prejudicado os indicadores de crescimento do Estado, pois a economia deste tem caminhado bem, mesmo diante da queda nas suas exportações nos dois últimos anos”, assegura Danilo Munduruca.
O estudo ainda aponta que o fomento das exportações é importante, sendo que a perspectiva é a de que Sergipe consiga nos próximos anos ampliá-la, devido a uma séria de estratégias e ações que visam à elevação das exportações da estrutura produtiva de Sergipe, através, por exemplo, do mapeamento de mercados internacionais de produtos potencias; a atração de empresas para a ZPE-SE; a capacitação de empresas para o comércio exterior; e, a promoção e participação de missões empresarias, feiras setoriais e rodadas de negócio voltadas para o mercado externo.
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