Prêmio internacional de equipe da UFS pode alavancar Sergipe no cenário energético | F5 News - Sergipe Atualizado

Petróleo e Gás
Prêmio internacional de equipe da UFS pode alavancar Sergipe no cenário energético
Competição internacional abre portas para novos aprendizados e desenvolve habilidades
Economia | Por Monica Pinto 13/10/2024 18h30 - Atualizado em 14/10/2024 11h04


A Universidade Federal de Sergipe conseguiu um feito admirável – e bem conectado aos potenciais econômicos de Sergipe –, ao vencer nacionalmente a competição anual Imperial Barrel Award (IBA) e obtendo o segundo lugar da América Latina e Caribenha. A instituição sergipana estava em meio a mais de 570 universidades, distribuídas pelos 88 países participantes, de todos os continentes.

Apesar das vitórias terem sido amplamente divulgadas pela instituição sergipana, pouco ou nada se explicou sobre o escopo do trabalho que fez jus a esse mérito, apresentado por uma equipe do grupo American Association of Petroleum Geologists (Aagp) (em português, Associação Americana de Geólogos de Petróleo), vinculada ao Departamento de Geologia da Universidade Federal de Sergipe (Dgeo/UFS)

Uma das consultoras da equipe vitoriosa, Karolline Dewanele, explicou ao F5 News o porquê dessa falta de informação sobre os aspectos centrais do estudo, o que se relaciona à própria dinâmica da competição: “existe uma apresentação e só a equipe e os jurados é que ficam com acesso a ela, porque, por ser uma competição, nenhuma universidade quer mostrar para as outras o que fez de diferente para poder ter conseguido. Então, fica bem restrita, essa apresentação”, disse ao portal a profissional formada em Engenharia de Petróleo que voltou à UFS para uma segunda graduação, agora em Geologia.

A pedido de F5 News, a equipe vencedora escreveu um resumo explicativo dos objetivos alcançados – e premiados: “A competição permite à equipe o contato com dados reais de bacias sedimentares, com o uso de técnicas e tecnologias que permitem a análise integrada dos dados que são disponibilizados. Estudar os sistemas de deposição sedimentar, análise sísmica e mapeamento de estruturas geológicas, os elementos cruciais do sistema petrolífero, identificar possíveis reservas e riscos econômicos atrelados a elas fazem parte do dia a dia dos geocientistas. A competição proporcionou tudo isso e um pouco mais à equipe deste ano”, afirmam os estudantes

“Sendo assim, o desenvolvimento profissional que é adquirido no IBA como uma preparação de carreira, traz um horizonte econômico e exploratório que no âmbito acadêmico não é apresentado de forma prática. As técnicas de análises de bacia que permitem ao geólogo ou engenheiro de petróleo avaliar possíveis reservas e suas perspectivas futuras, abrem um leque de possibilidades quando se pensa no estado de Sergipe, com histórico petrolífero, podemos simular os desafios reais na indústria do petróleo”, prossegue a equipe formada por Silvio Oliveira, Luiz Brito, Luana Áfele, Iasmin Hardman e Laíza Lima, todos alunos da Graduação em Geologia.  

Karolline Dewanele considera o Imperial Barrel Award (IBA) uma competição que favorece em muito a evolução profissional. “Aprendemos a dominar softwares que estão em alta no mercado, aprendemos a mexer com tecnologias de ponta, a interpretar poços e de maneira mais analítica”, disse ao F5 News. “Todo esse conhecimento e tecnologia podem ser aplicados em qualquer lugar, inclusive em Sergipe. O nosso trabalho na competição foi em um campo offshore, e Sergipe está em uma fase de expansão da exploração offshore. Todo o conhecimento aplicado e adquirido na competição poderia ser utilizado para estudo aqui como meio de alavancar o futuro do estado no âmbito energético”, completa.

Segundo ela, cada região recebe um conjunto de dados de alguma bacia petrolífera do mundo, que ainda está na fase exploratória e, de posse desse pacote de informações que alguma empresa vai ceder, os estudantes têm oito semanas, exatamente, para processar esses dados, analisá-los, propôr e defender, em uma apresentação de 25 minutos, um local em que deve ser perfurado um poço, ou mais de um.

“Em resumo, o objetivo final é dar o que a gente chama de locação, quer dizer, as coordenadas exatas de um lugar que vai ser perfurado um poço e defender na apresentação o porquê, tem que fazer um estudo inteiro da bacia e a gente pode propor mais de uma possibilidade”, disse Karolline ao F5 News.  Ela explica ainda que a competição, apesar de mundial, é dividida em regiões justamente para não privilegiar ninguém. “Por exemplo, a nossa região, que é América Latina e Caribe, nunca vai receber dados que sejam daqui, a gente vai receber dados de outros lugares”, prossegue.

Questionada se o estudo premiado revela alguma perspectiva mais direta para Sergipe como “estrela do gás natural”, a estudante e consultora do quinteto de futuros geólogos disse ao portal que, na área em que a equipe trabalhou, o principal recurso era o gás natural. “Porém, as habilidades, conhecimentos e técnicas empregadas pela equipe no IBA são aplicadas igualmente na prospecção tanto de óleo como de gás. Essas habilidades são o estado da arte do conhecimento em exploração petrolífera, e o crescimento dessa indústria em Sergipe é diretamente dependente do emprego de tais habilidades”, ressalva.

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