Óleo e tomate apresentam queda nos preços em Aracaju, diz Dieese
Aracaju está entre as três cidades que apresentaram redução no preço do tomate Economia | Por F5 News 04/07/2023 11h00Itens que anteriormente estavam com preços altos, a exemplo do óleo de soja e do tomate, apresentaram queda em Aracaju, apontou o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese) deste mês.
O preço do óleo de soja diminuiu em todas as capitais, incluindo Aracaju (-14,30%). Segundo a Efficienza Comércio Exterior, empresa que analisa o comércio nacional e internacional, as cidades de Belo Horizonte (-39,90%), Campo Grande (-36,01%) e Rio de Janeiro (-35,74%) apresentaram a maior baixa no preço do produto.
Ainda conforme a pesquisa, houve redução do preço nacional e internacional, justificada, principalmente, pelo enfraquecimento do mercado interno, que influenciou a diminuição dos preços praticados no varejo.
O preço do tomate aumentou em 14 das 17 capitais. Aracaju esteve entre as únicas três cidades que apresentaram redução no preço do fruto, com queda de -13,48%. Na maior parte do país, o produto teve crescimento, com destaque para as taxas de Vitória (12,75%), Belo Horizonte (10,59%) e Belém (9,90%). As quedas mais expressivas foram registradas em Campo Grande (-8,13%) e em João Pessoa (-5,27%). Em 12 meses, o preço médio subiu em 10 cidades, com taxas entre 2,67%, em Goiânia, e 27,81%, no Rio de Janeiro.
Um item que continuou com o preço elevado foi o açúcar refinado, com crescente em 14 das 17 capitais. A capital sergipana lidera a elevação (7,71%), seguida de Belo Horizonte (6,51%) e Brasília (4,89%). As taxas negativas foram observadas em Belém (-1,22%), Natal (-0,47%) e Rio de Janeiro (-0,46%).
Um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, o leite integral, apresentou alta em 14 capitais e a manteiga, em 10. No caso do leite, as maiores elevações mensais ocorreram em Belém (4,80%) e Fortaleza (3,77%). Para a manteiga, os destaques foram Salvador (2,87%), Curitiba (2,58%) e Recife (2,53%).
"A precificação do leite não depende apenas do desejo do estabelecimento em lucrar mais. A alta dos combustíveis e a escassez da oferta de grãos, agravada pelo conflito na Ucrânia, impactam no valor final do alimento. Não somente a agricultura, mas todas as esferas de consumo dependem da importação, dependem dos combustíveis. Manter-se informado sobre esses processos permite compreender que se há choque em alguma parte da produção, mesmo parecendo distante, o consumidor sentirá a diferença nos preços’’, explicou Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza.