Caso Genivaldo: segundo dia do júri ouvirá dez testemunhas
Três ex-PRFs estão sendo julgados pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado Cotidiano | Por F5 News 27/11/2024 08h13Teve início o segundo dia do Tribunal do Júri que irá julgar os três ex-policiais rodoviários federais acusados do homicídio de Genivaldo de Jesus Santos. A sessão de julgamento está acontecendo no Fórum Estadual da Comarca de Estância, no interior de Sergipe, e está julgando três ex-policiais rodoviários.
O primeiro dia de julgamento terminou por volta das 20h40 e ouviu duas testemunhas. Um dos depoimentos durou mais de 5h. Também foram apresentadas provas que estão juntadas aos autos.
Já neste segundo dia, estão previstas as oitivas de dez testemunhas, todas arroladas pelo Ministério Público Federal e pela assistência de acusação. A previsão é de que o julgamento dure cerca de sete dias.
Cinco procuradores da República participam do julgamento, incluindo representantes de Sergipe e de outros estados. O Conselho de Sentença está composto por quatro homens e três mulheres, que ficarão dentro do Salão do Júri e incomunicáveis até que ocorra a decisão.
Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia estão respondendo pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado. Eles estão presos desde 14 de outubro de 2022.
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Relembre o caso
Genivaldo de Jesus foi morto após ser abordado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por pilotar uma moto sem capacete em Umbaúba, no interior de Sergipe, em maio de 2022. Ele foi imobilizado e preso no porta-malas de uma viatura durante ação truculenta dos agentes.
Imagens feitas por testemunhas mostram que, após ser detido, os policiais jogaram gás lacrimogênio dentro do carro. A vítima chegou a se debater com as pernas para fora da viatura, mas os policiais o mantiveram preso dentro do veículo forçando a porta.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. A vítima não apresentava nenhum tipo de perigo aos policiais, não estava armada, não tinha passagem pelo sistema prisional e fazia tratamento para esquizofrenia.