Motoristas sergipanos buscam alternativas à alta da gasolina
Economia 07/11/2017 14h35Por Saullo Hipolito*
A variação na alta da gasolina e do diesel já se tornou rotina em todos os estados brasileiros e quem sofre com isso é o motorista, que se vê cada vez mais impossibilitado de utilizar seu veículo. Muitos habilitados procuram estratégias que facilitem sua locomoção no dia-a-dia, diminuindo o aperto no fim do mês com as contas.
Na última segunda-feira (6), em nota divulgada à imprensa, a Petrobras autorizou alta de 2,3% para a gasolina e aumento de 1,9% para o diesel nas refinarias, a partir desta terça-feira (7), devido principalmente ao aumento das cotações dos produtos e do petróleo no mercado internacional.
A jornalista Monique Garcez disse que o aumento pesa muito e busca reavaliar suas viagens. “Hoje gasto cerca de R$ 170 pra encher o tanque do carro, o que compromete meus gastos. Acabo pensando duas vezes para ir a lugares mais longe para tentar economizar”, disse.
Em um mês, o preço da gasolina nas refinarias já acumula aumento de mais de 9%. Em novembro, há elevação de 6,6%, após alta também de 6,6% em outubro. Esse reajuste se refere aos preços para as refinarias. O repasse ou não do aumento para o consumidor final depende dos postos de combustíveis.
Na semana passada, o valor dos combustíveis nas bombas voltou a subir, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Para o professor da Universidade Federal de Sergipe Gregório Murilo, os mais afetados com o aumento são os consumidores. “Na verdade esee valor é para os donos de postos e refinarias, mas acaba que para o consumidor esse valor se torna ainda maior. As pessoas, inclusive eu, têm mudado a rotina, buscando ir para o trabalho com amigos, ir a locais mais próximos e que se tornam mais acessíveis”, completou.
Muitos motoristas fazem uso de outras estratégias, como a jornalista Camila Santos, que opta por usar etanol, ou serviços alternativos pela capital aracajuana. “Procuro sair o necessário, e não lembro da última vez que completei o tanque, coisa que eu costumava fazer até porque gera economia, mas agora não compensa. Também tenho usado alternativas na tentativa de economizar, como optar pelo etanol sempre que dá e a utilização do Uber, pois quando fiz as contas vi que era mais vantajoso deixar o carro em casa”, disse.
Até os motoqueiros sentem o peso do aumento. Para o corretor de imóveis Allan Souza, o aumento dos custos para o trabalho faz com que as caronas sejam sempre uma alternativa. Já o técnico em enfermagem Deri Santana pensa em usar outros tipos de transporte, que além de gerar economia, contribuem para manter o corpo em forma. “Já penso em comprar uma bicicleta, como gosto de me cuidar, irei unir o útil ao agradável”, disse o profissional de saúde.
O transporte público é visto como uma das últimas alternativas, mas não foi esquecido. “Já pensei até em usar ônibus de vez em quando, mas neste caso não compensa, pois a passagem também é muito cara e os riscos de assalto e assédio são maiores, além do tempo gasto. Enfim, tem que ter jogo de cintura para não sair do orçamento”, disse Camila Santos.
Motivos do aumento
De acordo com a Petrobras, o reajuste foi causado principalmente pelo aumento das cotações dos produtos e do petróleo no mercado exterior, influenciado pela geopolítica internacional, assim como pela continuidade da política de contenção da oferta pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). Além disso, verificou-se uma depreciação do valor do real frente ao dólar, acrescentou a empresa.
A avaliação dos representantes do GEMP é que a política de preços definida pela Petrobras, de reajustes quase que diários pela área técnica, tem sido capaz de garantir a aderência dos preços praticados pela companhia às volatilidades dos mercados de derivados e ao câmbio.
Com os ajustes definidos, a área de marketing e comercialização da Petrobras volta a contar com uma faixa de -7% a +7% para operar os movimentos de preços necessários ao longo do mês.
* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araújo
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