Descobertas de petróleo definem novo horizonte para exploração mineral
Economia 13/12/2012 15h57
A partir do recente anúncio da descoberta de novos poços de petróleo na costa sergipana, a partir de informações da Petrobras, descortina-se uma nova fronteira de significado histórico para Sergipe, e de grande importância para o país. Em 2012, esta é a quarta descoberta de grande relevância anunciada pela companhia petrolífera, em dimensão ainda não totalmente definida, mas que aponta para a existência do chamado “óleo leve”, de alta valorização no mercado. Estas descobertas se somam às iniciativas já desenvolvidas pelo Governo do Estado para dinamizar a cadeia produtiva do petróleo, gerando empregos, renda e benefícios para a sociedade sergipana.
Graças a uma política planejada de atração de investimentos, capacitação de mão de obra com a primeira escola técnica de Petróleo e Gás sendo edificada em Carmópolis e parcerias para realização de diversas obras, essas novas descobertas serão decisivas para consolidar um novo patamar que será estabelecido em Sergipe no aspecto da exploração mineral. Junto com a importância do projeto Carnalita e o incremento da produção em terra, o anúncio das novas descobertas pela Petrobras revelam que Sergipe poderá contar ainda durante muito tempo com os benefícios advindos desta produção.
Descobertas
Conforme o anúncio realizado pela Petrobras, a nova descoberta, anunciada oficialmente no último dia 5 de dezembro, dá conta da existência de uma ‘nova acumulação de hidrocarbonetos leves’ em águas ultraprofundas, no poço denominado 1-BRSA-1108-SES (1-SES-172), localizado a 85 km de Aracaju, em profundidade de água de 2.583 metros.
De agosto a outubro de 2012, ainda de acordo com informações da empresa, também foram anunciadas novas descobertas nos poços 1-SES-168 (denominado Moita Bonita), 3-SES-165 (Barra) e 1-SES-167 (Farfan), todos em águas ultraprofundas (o que não é considerado pré-sal) da mesma bacia.
“Estas são descobertas muito significativas. A Petrobras, embora não tenha informado o tamanho da jazida, afirma que esta é uma nova fronteira de exploração para o Brasil, e não só para Sergipe”, observou o assessor econômico do Governo do Estado e mestre em Economia, Ricardo Lacerda.
O economista lembrou também que, de acordo com os próprios informes da empresa, depois da bacia de Campos (RJ) e de Santos (SP), a bacia que compõe o bloco Sergipe/Alagoas (SEAL) assume importância estratégica.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a produção sergipana (dados de outubro), é de 1 milhão e 240 mil barris/mês, dos quais 267 mil barris oriundos da produção marítima.
Ação Dinâmica
Nesse sentido, o Governo do Estado vem incessantemente buscando interagir com o Ministério das Minas e Energia e com a própria empresa petrolífera para dinamizar as ações que promovam a respectiva ampliação tanto de petróleo, quanto dos demais elementos que contribuem na cadeia energética do estado.
“Ainda que a Petrobras não tenha dimensionado a jazida, o que vai demandar estudos adicionais, a expectativa é de que as novas descobertas sejam algo muito representativo para Sergipe, garantindo que essa riqueza tão importante para o estado ainda permaneça por um horizonte longo de tempo gerando benefícios para os sergipanos”, contextualizou Ricardo Lacerda.
Outro aspecto importante lembrado pelo economista refere-se à qualidade do óleo existente que, conforme estudos preliminares apresentados pela Petrobras, refere-se a um material leve, de grande aceitação e valorização no mercado mundial. “Segundo as análises da empresa, a bacia Sergipe/Alagoas possui características geológicas semelhantes às de Gana, na África, que alcançou destaque internacional e alterou o mapa econômico do país, a partir da descoberta de uma jazida com mais de 1 bilhão de barris de petróleo em 2007”, acrescentou Lacerda.
Profissionalização
A consolidação das cadeias produtivas, a partir de uma determinação pontual do governador Marcelo Déda, também tem se consolidado em Sergipe, com uma vertente de atuação decisiva voltado ao adensamento da cadeia de petróleo e gás para que Sergipe possa oferecer internamente o conjunto de serviços que serão demandados para apoio à produção. “Isto agrega valor, pois faz com que empresas sergipanas ou sediadas aqui também vendam seus serviços, fazendo com que a circulação destes recursos beneficie a economia sergipana”, complementa Ricardo Lacerda.
Uma dessas ações específicas, busca atrair refinarias de petróleo que, mesmo não sendo diretamente vinculadas à Petrobras, gerariam novos postos de trabalho e recursos para os municípios envolvidos e para o estado. “Temos grupos interessados no desenvolvimento desse tipo de iniciativa que ainda realizam estudos preliminares”, informa o economista.
Perspectivas
Diante de todo esse contexto, fica patente que o Governo do Estado, a partir de uma ação incisiva do governador Marcelo Déda e do vice-governador Jackson Barreto, tem avançando de forma inconteste na consolidação das cadeias produtivas e na evolução de seu patamar de estado produtor na produção mineral e, sobretudo, no competitivo mercado de petróleo e gás, segmento de importância histórica e fundamental para o nível de qualidade de vida existente em Sergipe.
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