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No Brasil, a criação de gatos, cães, peixes ou pássaros é um hábito entre as famílias e ganha força por ser um sonho de muitas crianças. De acordo com o censo do Instituto Pet Brasil (IPT), em 2021 existiam cerca de 149,6 milhões de animais de estimação, colocando o país em terceiro lugar no ranking mundial. 

A preferência da população são cães e gatos, em percentuais, são 58% e 28%, respectivamente. Entretanto, há um desdobramento possível e indesejado em alguns casos: após a compra ou adoção de pets, o abandono dos animais.

Em Sergipe, há cerca de três anos existe uma ONG que trabalha em defesa das causas animais, Amigos de Patas. Em entrevista ao F5 News, o idealizador do projeto, Vinícius Santos, explica o que o abandono pode causar na vida de um pet.

Atualmente, Vinícius cuida de mais de 100 gatos em um lar temporário, os animais estavam em situação de rua. “Todos os gatos foram vítimas de abandono e maus tratos. Além disso, há o sofrimento, já que todos os animais que vivem nas ruas acabam sofrendo de alguma forma”, disse ao portal.

Uma forma de evitar o abandono é tentar entender as necessidades dos pets antes de comprar ou adotar. “Os tutores têm que saber que se trata de uma vida, é preciso ter um alerta antes de adotar. Se o animal ficar doente, terá o gasto de levá-lo ao médico veterinário. É muito bom pensar antes de começar a criar o animal, e, se realmente for adotar, cuidar como se fosse um filho, muitos acham que eles são tipo um brinquedo. Então, os pais que desejarem adotar ou comprar animais para os filhos, é preciso ter consciência”, diz Vinícius.

O abandono é uma realidade brasileira, em muitos casos ocorre pelo excesso de gastos e a não adaptação entre as famílias e os animais. Segundo o médico veterinário Marcos Figueiredo, é preciso se basear em três pilares antes de adotar um pet. 

“O tutor precisa saber se ele tem três condições: física, emocional e financeira. Em algumas situações, ele pode pegar o animal por impulso e, após um tempo, acaba não se adaptando e inicia os maus tratos, que não se configuram apenas em agressões e o não oferecimento de comida, agressões psicológicas também é configurado como maus tratos”, disse o veterinário ao F5 News.

Planejamento familiar antes da adoção

As questões de orçamento financeiro e de segurança dos pets foram os principais pontos que Bárbara Nole, de 24 anos, pensou antes de adotar os gatos. “Eu e minha família pensamos se teríamos condições de adotar dois ou mais gatos e em como poderíamos colocar telas de proteção em nossa casa para que eles não tivessem acesso à rua”, contou ao portal.

Os gatinhos Orfeu, Lion e Salem já enfrentaram as dificuldades do abandono, os três foram resgatados por Bárbara.

A estudante adotou os dois primeiros, que são irmãos, em uma ONG, a mãe deles recebeu abrigo ainda prenha em um lar temporário. Já Salem estava em situação de rua quando foi resgatado.

O que é preciso saber antes de adotar um pet?

- Se existe um espaço na casa onde o animal poderá ficar;
- Saber quais serão as pessoas responsáveis pelos cuidados básicos do pet;
- Entender as principais necessidades do animal.