Ampliação da isenção do IRPF impulsionará consumo e qualidade de vida
Blogs e Colunas | Marcio Rocha 30/11/2024 07h13A recente decisão do governo federal de ampliar a isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para trabalhadores que recebem até R$ 5.000 mensais promete beneficiar milhões de brasileiros. Mais do que aliviar a carga tributária, a medida reforça o poder de compra da população, incentivando o consumo e dinamizando a economia nacional.
Atualmente, a isenção é válida para rendimentos de até R$ 2.824, e a ampliação dobrará a base isenta, colocando mais recursos diretamente no bolso dos trabalhadores. Esse aumento na renda disponível permitirá que famílias invistam na melhoria de sua qualidade de vida, adquirindo bens e serviços essenciais, além de fortalecerem atividades comerciais e pequenos negócios.
Embora a renúncia fiscal de aproximadamente R$ 35 bilhões represente um desafio para as contas públicas, o impacto positivo no consumo pode compensar a perda inicial de arrecadação. Parte do dinheiro economizado no imposto será reinvestida na economia, gerando um aumento na arrecadação de tributos indiretos, como ICMS e ISS, aplicados sobre produtos e serviços adquiridos pelas famílias.
Especialistas apontam que essa redistribuição de renda estimula um ciclo virtuoso: trabalhadores têm maior poder de compra, as vendas no comércio crescem, empresas expandem suas operações, e novos empregos são criados. Além disso, o aumento no consumo pode contribuir para o crescimento do PIB, fator essencial para a recuperação econômica pós-pandemia.
Outro ponto positivo da medida é o impacto no microempreendedorismo. Com mais dinheiro em circulação, pequenos negócios, que respondem por grande parte da geração de empregos no Brasil, devem ganhar fôlego. Trabalhadores poderão investir em capacitação, equipamentos e insumos, fomentando a criação de novas oportunidades de negócio.
Para financiar a ampliação da isenção, o governo adotará medidas como a taxação mínima de grandes fortunas e altos rendimentos. O objetivo é assegurar a sustentabilidade fiscal sem comprometer o equilíbrio das contas públicas. Essa redistribuição busca maior justiça tributária, reduzindo a carga para os trabalhadores e famílias de baixa renda e aumentando a contribuição dos super-ricos.
Com essa iniciativa, o governo não só cumpre uma promessa de campanha, mas também promove uma estratégia que beneficia trabalhadores e estimula o crescimento econômico. É uma oportunidade para consolidar o Brasil em um caminho de desenvolvimento mais inclusivo e sustentável.
A Economia Global e a Divisão das Funções: Quem Faz o Quê no Mundo
A escravidão contemporânea é uma ferida aberta na história
A transformação social das famílias mais pobres pelo ensino superior
Entendendo o Ciclo da Economia: Causas e Consequências
O que são as taxas de juros real e nominal?
Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva pela Uninter, com experiência de 23 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.
E-mail: jornalistamarciorocha@live.com
O conteúdo e opiniões expressas neste espaço são de responsabilidade exclusiva do seu autor e não representam a opinião deste site.