Professores paralisam atividades
Educadores reivindicam o piso salarial. Sintese faz mobilização em Neópolis e Salgado Cotidiano 18/07/2011 10h53Por Fernanda Araújo
Os professores da rede pública de ensino dos municípios de Neópolis e Salgado paralisarão as atividades escolares nos próximos dias 19, 20 e 21 deste mês. Eles não apenas reivindicam a implantação do piso salarial de R$950,00, mas também reclamam das más condições de trabalho.
Procurado pela reportagem do F5 News, o professor e vice-coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Sergipe, de Neópolis (Sintese), Alberto dos Santos, revelou que os salários pagos aos professores são os mais baixos de Sergipe: apenas R$ 634,00.
Alberto afirmou ainda que as propostas indicadas pela Prefeitura de Neópolis rebaixam a categoria, e que todas as vezes que se tentou garantir o piso salarial de R$ 950, as propostas se contrapunham ao interesse dos professores.
“Em 2009, não conseguimos implantar o piso. Em 2010, também não. A prefeitura deu 10% de reajuste no ano passado, mas não integralizou. (...) a gente não pode negociar do jeito que a prefeitura quer”, critica Alberto.
O sindicalista denuncia ainda que a Prefeitura de Nilópolis dificulta a implantação do piso salarial porque não querer “mexer” em “pessoas apadrinhadas”, e reduzir as salas de aulas porque o número de alunos é pequeno.
Questionado se os professores não temem a decisão judicial de a paralisação ser considerada ilegal, o professor lamentou recentes decisões do Poder Judiciário. “Todas as paralisações dos professores, a justiça tem colocado como ilegal, agora, o prefeito não paga o piso desde 2009 e isso não é considerado ilegal. O prefeito está fora da lei e isso não é ilegal. Infelizmente no Brasil e em Sergipe acontece desse jeito”.
Inconformado com a falta de investimento, de cinco anos, das escolas públicas do município de Neópolis, Alberto reafirma que os maiores problemas a serem enfrentados são os transportes que estão inadequados para o uso e prejudicam a frequência dos alunos e professores. Relaciona também o problema à estrutura.
“O colégio Santo Antônio e Novo Horizonte estão sem muro. E os alunos ficam em total insegurança. Muitas vezes, os professores tiveram que suspender as aulas porque houve roubo e alguns alunos chegaram a levar bebidas para a sala de aula. (....) a escola fica a mercê da marginalidade”, lamenta.
Segundo o sindicalista, os alunos estão sem aula, por falta de transporte. “Passam fome por não ter alimentação escolar, eles não tem aula boa porque a estrutura das escolas é péssima. E o que mais cresce é o desrespeito ao professor”, conclui.
Agenda Sintese
A agenda do Sintese marca um ato público em Salgado no dia 20, às 15h, na feirinha do bairro Estação. Na quinta, (21), a partir das 9h, eles estarão na Secretaria Municipal de Educação e em seguida realizam assembléia.
Em Neópolis, no dia 21, às 8h os professores se mobilizam em frente à prefeitura, dia 22 realizam uma via crúcis com concentração às 18h30 e na segunda, (25), fazem assembleia às 17h no Centro de Educação Profissional Agonalto Pacheco.
Segundo o professor e coordenador do Sintese, do município de Salgado, Ginaldo Santos, todos os professores estão informados da mobilização que acontecerá a partir de amanhã, através do site do sindicato e dos veículos de comunicação. E, por enquanto, não está previsto mobilização dos professores da capital.
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