Policiais Militares superlotam Hemose
Doação coletiva de sangue foi feita em dia de expediente Cotidiano 19/01/2012 10h55
Por Márcio Rocha
O movimento das Associações Unidas da Polícia Militar realizou, na manhã de hoje (19), uma doação de sangue com participação de centenas de policiais. O ato solidário aconteceu no Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) e provocou uma superlotação no local, o que criou dificuldades para o atendimento.
De acordo com militares que estavam no Hemose, tentaram impedir a doação dos policiais. Contudo, o que houve foi a superlotação do local, que ficou acima da sua capacidade de recepção de doações pela manhã. Para evitar a perda do sangue dos aproximadamente 200 policiais, as doações estão remarcadas para a tarde.
José Alberto Barreto, superintendente do Hemose, disse que não houve impedimento dos policiais em doar sangue. Pelo contrário, agradeceu a participação dos militares e pediu que essa ação seja uma constante entre os membros da corporação.
“Ninguém foi barrado para fazer sua doação de sangue. O compromisso é com a vida. Processar sangue para salvar vidas. Eu espero que os militares continuem a doar, pois é um ato de solidariedade”, colocou José Alberto.
O presidente da Associação dos Oficiais Militares de Sergipe, major Adriano Reis, reclamou a presença de dois membros do comando da PM no hemocentro e comentou que, se houvesse prisões, ele e os presidentes de associações convocariam toda a tropa a se manifestar.
“Recebi telefonemas reclamando das presenças de coronéis aqui no recinto, que poderiam estar impedindo os PMs de fazer suas doações. Não sei qual é o intuito de sua presença, mas os policiais estão doando. Contudo, se houver prisões, nós convocaremos toda a tropa para agir”, disse Adriano.
Informações apuradas com a PM indicam que muitos dos policiais que estão fazendo doações de sangue estão escalados para prestar serviço no Pré-Caju na noite de hoje. Doando em seu dia de serviço, os policiais ficariam desobrigados de trabalhar. Sendo uma ação sistemática de doações de policiais em dia de serviço para não trabalhar no Pré-Caju, que se estenderia ao longo dos outros dias da festa. Adriano nega que os militares estejam doando em dia de serviço e justifica que é um ato de solidariedade.
“Se o policial está doando sangue e coincide com seu dia de serviço, eu não sei. Se ele entende que é melhor fazer um ato solidário pra população e não trabalhar na sua folga, então é da consciência do militar”, comentou.
O presidente da Associação dos Militares de Sergipe (AMESE), sargento Jorge Vieira, chegou ao Hemose e convocou os policiais para fazer a doação de sangue no Instituto de Hemoterapia de Sergipe, para diminuir o volume de pessoas esperando no Hemose.
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