Morte de Paulinha Abelha não tem relação com medicamentos, diz médico | F5 News - Sergipe Atualizado

 'Como não amar?'
Morte de Paulinha Abelha não tem relação com medicamentos, diz médico
Cantora faleceu no dia 23 de fevereiro por infecção no Sistema Nervoso Central
Cotidiano | Por Antonio Cardoso 31/03/2022 15h30


Um novo parecer médico, que analisou as circunstâncias da morte da cantora Paulinha Abelha, indica que o uso de medicamentos pela artista não tem relação com o seu óbito.

O documento foi construído pelo médico perito Nelson Bruni Cabral e divulgado nesta quinta-feira (31), no qual enfatiza que o óbito ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central e não uma Intoxicação Exógena medicamentosa.

No parecer, o especialista deixa claro que “a lesão hepática não possui nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação hospitalar".

Além disso, o médico aponta que não houve uma conduta médica inadequada durante a internação nos hospitais Unimed e Primavera, ambos em Aracaju. 

O perito também alerta que “não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou a patologia da paciente”. No entanto, ele também argumenta que “intoxicações alimentares podem causar lesões renal, hepática e cerebral”.

O parecer também informa que não seria possível determinar que, caso o atendimento médico fosse procurado com antecedência, poderia conter a evolução da doença.

“Contudo a procura rápida por atendimento médico é na maioria dos casos o ideal para obter sucesso em um tratamento médico, porém, a evolução da patologia apresentada pela paciente foi rápida e incontrolável evoluindo ao óbito”, completou o especialista. 

Você pode ler o parecer médico na íntegra abaixo:

“INTERESSADO: CLEVERTON VEN NCIO DA CONCEIÇÃO SANTOS
REFERÊNCIA: REQUERIMENTO DE PARECER MÉDICO
ASSUNTO: ELABORAÇÃO DE PARECER MÉDICO
PACIENTE: PAULA DE MENEZES NASCIMENTO LECA VIANA

O presente parecer médico teve como objetivo apurar qual a patologia que motivou a internação e culminou com o evento morte da paciente Paula de Menezes Nascimento Leca Viana.

De acordo com a documentação analisada, as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com uso de medicamentos.

Baseado nos documentos médicos analisados, a lesão hepática não possui nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera).

Exames realizados (Liquor) evidenciam uma infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite.

Não foi evidenciada a presença de conduta médica inadequada durante sua internação Hospitalar (Hospitais UNIMED ou Primavera). O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito.

Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera), não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito.

Não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou a patologia da paciente, porém, intoxicações alimentares podem causar lesões renal, hepática e cerebral, culminando em alguns casos com o óbito do paciente dependendo da gravidade da doença e a virulência do agente patológico.

Não há elementos para estabelecer se a procura antecipada por atendimento médico neste caso poderia conter a evolução da doença. Contudo a procura rápida por atendimento médico é na maioria dos casos o ideal para obter sucesso em um tratamento médico, porém, a evolução da patologia apresentada pela paciente foi rápida e incontrolável evoluindo ao óbito.

O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa.
São Paulo/SP, 31 de março de 2022.”

Paulinha Abelha 

Paula de Menezes Nascimento Leça Viana, sergipana de Simão Dias, faleceu no dia 23 de fevereiro após internação de 13 dias em hospitais de Aracaju.

O atestado de óbito apontou, como causas da morte, a meningoencefalite, uma inflamação do cérebro e dos tecidos circundantes, além de hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.

Quando completado um mês de sua morte, amigos e familiares prestaram homenagens a cantora. 

Uma nova música foi lançada pela Calcinha Preta na última sexta-feira (25), essa foi a última gravação da cantora com o grupo, confira aqui.

 

Estagiário sob supervisão da jornalista Monica Pinto

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