Dois fardos de um material ainda não identificado foram localizados no litoral sergipano na manhã desse domingo (28). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (29) pela Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA), que encontrou os materiais.

De acordo com o coordenador técnico da FMA, um dos fardos foi encontrado na praia da Atalaia, na região da Cinelândia, e o outro entre as praias da Aruana e Mosqueiro. “Como são muito pesados e por desconhecer a origem, decidimos deixar as caixas no local e acionar órgãos responsáveis para fazer a identificação e recolhimento do material”, disse.

Na última quinta-feira (25), fardos semelhantes começaram a surgir em outros estados do Nordeste. Só em Alagoas, segundo o último levantamento do Instituto Biota de Conservação, que monitora a vida marinha no estado, já foram encontrados 75 pacotes em 13 praias. Há relatos de que os materiais também surgiram em praias de Pernambuco, Paraíba e no Ceará.

A princípio pensou-se que o material seria uma espécie de couro animal prensado, mas exames laboratoriais feitos por biólogos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) do Estado de Alagoas constataram que os pacotes que apareceram no litoral alagoano são feitos de polímero, um material sintético feito a partir de derivados do petróleo.

Os fardos pesam mais de 100 kg cada um e a origem ainda é desconhecida. Em alguns pacotes foi possível identificar as inscrições “Duzan” e “Yen”.

Em Alagoas, segundo a imprensa local, a Polícia Federal solicitou uma amostra. Já o Ibama, Capitania dos Portos e demais envolvidos na investigação orientaram as prefeituras dos municípios costeiros para que façam o recolhimento dos fardos encontrados em seus territórios, além de aconselhar a população a evitar o contato e não levar o material para casa, sob o risco de contaminação. Em Sergipe, ainda não há orientação.