Mães e pais protestam contra suspensão de tratamento de saúde no Hapvida
Plano de saúde nega suspensão e informa que foi descredenciada apenas uma clínica Cotidiano | Por Laís de Melo 06/04/2022 12h00 - Atualizado em 06/04/2022 19h03Mães e pais de estudantes protestaram na porta de uma unidade do plano de saúde Hapvida, contra a suspensão da Terapia DPAC, para o processamento auditivo central, um tratamento de saúde importante para pessoas com dificuldade auditiva.
A líder do movimento realizado na rua Campo do Brito nesta quarta-feira (6), Tatiane Santos Andrade, é mãe de uma paciente de 15 anos e conta que a filha está regredindo em aspectos psicológicos, auditivos e intelectuais sem a terapia, que está suspensa desde o mês de setembro de 2021.
“O Hapvida cortou do nada, alegando que a terapia está fora do rol da Agência Nacional de Saúde. Já entramos em contato com a ANS, e eles empurram de volta para o Hapvida. E assim, a terapia havia sido autorizada pelo próprio plano. Nós já demos entrada na Justiça e a mesma determinou o retorno da terapia, mas o Hapvida recorreu”, conta Tatiane.
Ainda conforme a mãe, o grupo de manifestantes é composto por pais de 65 pacientes que foram prejudicados com a suspensão do tratamento. “Queremos que eles retornem o quanto antes pelos danos causados às nossas crianças”, reforça.
A terapia DPAC serve para auxiliar no processamento auditivo central de crianças e adultos com dificuldades. “As crianças escutam, no entanto a informação demora para chegar ao cérebro. A terapia estimula que o processamento seja mais rápido”, explica Tatiane.
Segundo ela, a regressão das crianças e adolescentes é geral entre os prejudicados pela suspensão. “Já fui chamada na escola, porque minha filha está regredindo. Todas as crianças. O comentário é unânime no grupo de pais das 65 crianças prejudicadas”, relata.
Plano de saúde nega suspensão
A Assessoria de Comunicação do Hapvida informou ao F5News que a informação de suspensão da terapia não procede. Segundo o plano, o que houve foi o descredenciamento de uma clínica que ofertava o serviço, no entanto, outras duas empresas continuam oferecendo a terapia.