Justiça: Tem início julgamento de homem que matou esposa a marretadas
Crime aconteceu em maio de 2019, vitima foi brutalmente assassinada enquanto dormia Cotidiano | Por Aline Aragão 13/10/2021 18h34Teve início na manhã desta quarta-feira (13) o julgamento de Victor Aragão, acusado de matar a esposa, Ana Paula de Jesus Santos, 26 anos, a golpes de marreta. O júri está sendo realizado no Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju.
O primeiro dia de julgamento foi iniciado com oitivas das testemunhas de defesa e acusação, a previsão é que o julgamento se estenda até amanhã (14). Uma das testemunhas ouvidas nesta tarde foi a delegada Luciana Pereira, que acompanhou o caso. Ana Paula já havia registrado queixas contra o marido.
A delegada relatou que a vítima tinha dito que não tinha interesse sexual em Victor e revelou detalhes do relacionamento do casal, um momento que deixou a família da vítima constrangida. Ainda de acordo com o relato da delegada, a morte teria sido motivada pela suspeita que Victor tinha de estar sendo traído por Ana Paula.
Durante entrevista à TV Atalaia, o irmão da vítima, João Paulo Jesus dos Santos, disse que a família desconhecia que Ana Paula vivia em uma relação abusiva.
“Foi um choque pra gente também, nos foi escondido essa situação, que hoje veio à tona. Toda situação que ela passava, as agressões, ela sofria calada, como diversas outras mulheres que sofrem caladas, e ela infelizmente teve esse fim trágico de perder a própria vida”, disse João Paulo.
Relembre
O crime foi praticado no dia 11 de maio de 2019, véspera do Dia das Mães. Ana Paula dormia ao lado do esposo e do filho quando foi brutalmente assassinada. À época, o réu contou à polícia que a esposa teria sido vítima de latrocínio - roubo com morte - de dois homens que invadiram o imóvel, hipótese posteriormente descartada pelas investigações da Polícia Civil. Várias contradições nos depoimentos levaram ao pedido de prisão do marido da vítima.
Com a conclusão do inquérito, ele foi indiciado por homicídio quadruplamente qualificado:, por reunir motivo torpe, feminicídio, indisponibilidade de defesa da vítima e o modo cruel utilizado para o crime.