Habeas corpus de agentes envolvidos na morte de Genivaldo é negado
Defesa alega que prisão preventiva seria desnecessária e deve entrar com recurso Cotidiano | Por F5 News 25/10/2022 08h08 - Atualizado em 25/10/2022 10h19O pedido de habeas corpus dos três policiais rodoviários federais acusados de envolvimento na morte de Genivaldo de Jesus Santos foi negado pela Justiça Federal nessa segunda-feira (24). A informação foi inicialmente divulgada pelo portal de notícias G1 Sergipe e confirmada pelo Tribunal Regional Federal.
Conforme informou o F5 News, William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento foram encaminhados ao Presídio Militar de Sergipe, em Aracaju, no último dia 14, onde devem permanecer presos.
A defesa dos policiais afirmou que deve entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), alegando que eles não ameaçam o andamento do processo e que, como as investigações sobre o caso já foram concluídas pela Polícia Federal, a prisão preventiva não seria necessária.
Relembre o caso
Genivaldo de Jesus foi morto após ser abordado pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por pilotar uma moto sem capacete. Ele foi imobilizado e preso no porta-malas de uma viatura durante ação truculenta dos policiais.
Nas imagens registradas e divulgadas por testemunhas, é possível observar que, após prender Genivaldo na viatura, os agentes jogam um dispositivo que emite fumaça dentro do porta-malas e continuam pressionando a porta, impedindo a saída da vítima. A PRF confirmou o uso de gás lacrimogêneo durante a ação.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
A vítima não apresentava nenhum tipo de perigo aos policiais, não estava armada, não tinha passagem pelo sistema prisional e fazia tratamento para esquizofrenia.