Greve nacional de professores é aprovada por unanimidade em Aracaju
Cotidiano 03/02/2012 14h59Por Fernanda Araujo
Os professores municipais aprovaram em voto unânime a greve nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em assembleia geral nesta sexta-feira (3) na sede do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema). O slogan do movimento será “O piso é lei, a greve é legal”.
A paralisação será nos dias 14, 15 e 16 de março. No primeiro dia haverá um seminário com a categoria e, no último, uma manifestação que será definida a depender das negociações com a Secretaria Municipal de Educação. “Houve longas greves, multas para o sindicato e etc, estamos retomando a greve nacional pelo piso na carreira e pela aprovação dos 10% no PIB do Plano Nacional de Educação. Mesmo a gente de férias, nós precisamos colocar na sociedade a importância pela valorização dos professores. É uma luta que se constitui em um grande desafio para a categoria”, disse a presidente do Sindipema, Vera Oliveira.
Na reunião, professores cobraram mais participação na luta e incluíram em comum acordo pautas de reivindicação, como o concurso público para servidores administrativos e para merendeiras, o direito à autonomia do Pró-Jovem nas escolas, política de formação, 36% de atividade extraclasse e redução na carga horária. A professora Vera aponta que o reajuste salarial de 20% aprovado no mandato do ex-prefeito Almeida Lima está encaminhado para a execução, mas afirma que é preciso uma política educacional mais efetiva.
“Precisamos de uma construção democrática do Plano Educacional. É preciso enfrentar problemas como a inclusão e a regulamentação na educação especial, é preciso uma política de combate à violência, uso de recursos tecnológicos que estão precários, regularização das escolas porque há várias que sequer têm autorização para ensinar ou estão vencidas, uma equipe de manutenção permanente - que hoje não atende a metade das escolas", exemplifica.
Além disso, Vera Oliveira defende a necessidade de reformas e construção de prédios adequados para o ensino, criação do acervo de bibliotecas, a educação noturna de jovens e adultos e políticas de saúde ao próprio professor. "Infelizmente não há uma política que atenda às nossas necessidades”, avalia.
No evento, já foi agendada também a nova assembléia. Será na próxima sexta-feira (10) às 15h30 na sede do sindicato.
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