Governador reúne-se com secretários para discutir rebelião no Compajaf
Cotidiano 16/04/2012 12h16“Cautela, firmeza e preservação da vida”. Essas foram as palavras que nortearam a reunião comandada pelo governador Marcelo Déda na manhã desta segunda-feira, 16, para discutir aspectos da rebelião que está ocorrendo no Complexo Penitenciário Advogado Antonio Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria. A reunião ocorreu no gabinete do Palácio de Veraneio.
Participaram da reunião os secretários de Estado da Segurança Pública, João Eloy; da Justiça, Benedito de Figueiredo; de Direitos Humanos e Cidadania, Luiz Eduardo Oliva; da Comunicação, Carlos Cauê; da Casa Civil, Jorge Alberto; além do comandante da Polícia Militar, coronel PM Aelson Rezende; e o chefe do Gabinete Militar do Governo do Estado, coronel PM Carlos Augusto Bispo.
Durante a reunião, a ordem expressa do governador foi de preservar vidas e retomar a normalidade no presídio de forma cautelosa, negociando e dialogando a partir do princípio básico de que não haja vítimas. “Nosso objetivo é o de preservar a integridade física de todos os que se encontram no presídio, em especial, dos reféns, funcionários e familiares dos presos que lá se encontram”, destacou o governador Marcelo Déda.
Segundo o governador, há informações de instituições externas ao Governo do Estado, que acompanham o funcionamento do presídio, a exemplo da Vara de Execuções Penais, o Ministério Público e o Conselho Penitenciário, que não registram que na unidade haja descumprimento de direitos humanos.
“Muito pelo contrário, no Brasil inteiro, é muito forte a referência desse presídio como um dos de segurança máxima melhor administrados. O que sabemos também é que há bandidos muito perigosos que se utilizam dos motins para fazer dos outros presos 'massa de manobra' com intenção de dominar o presídio e impor, dentro da unidade, a norma de facções criminosas. Isto o Estado não permitirá”, enfatizou Déda.
Negociação
O governador também foi incisivo ao orientar os secretários a buscar incessantemente a negociação com cautela e paciência para proteger os reféns. “Depois que os reféns forem liberados, os secretários da Justiça, Direitos Humanos e outras autoridades do Estado estão autorizadas a montar um grupo de trabalho para examinar uma por uma as supostas reclamações dos presos”, orientou Marcelo Déda.
“Se pudermos melhorar alguma coisa, nós o faremos, do ponto de vista da preservação dos direitos humanos, integridade física dos presos, do respeito aos visitantes e qualquer outra forma que seja necessária. O que não podemos é amolecer em relação às regras que são exigidas para um presídio de segurança máxima. Não podemos permitir que nenhuma facção criminosa tenha controle de presídios no estado de Sergipe. Nesse ponto, o Governo do Estado será rígido administrando com muita cautela e responsabilidade, tendo sempre como objetivo central preservar vidas, evitando vítimas”, sintetizou o governador, nas orientações aos secretários que gerenciam a crise.
Condução Correta
O especialista em segurança da Rede Globo de Televisão, Rodrigo Pimentel, durante a edição desta segunda-feira, do telejornal Bom Dia Brasil, disse que, assim como em qualquer lugar do Brasil, os presos reclamam da rigidez do controle. "Água e energia foram cortadas, que é um procedimento padrão nas negociações. Os presos reclamam de tudo, da rigidez do controle. É um presídio onde não pode entrar tabaco, a visita íntima ainda não está regulamentada, então tudo isso hoje é pleito para o preso”, afirma ele.
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