Forrozeiros reclamam da falta de política pública permanente | F5 News - Sergipe Atualizado

Forrozeiros reclamam da falta de política pública permanente
Dia do Forró é comemora do em Sergipe, mas há reclamação
Cotidiano 13/12/2011 20h49


Por Sílvio Oliveira

Sergipe entrou no ritmo do forró e desde o primeiro raiar desta terça-feira (13) que o forródromo da rua de São João, localizado em Aracaju, recebeu uma programação especial por conta do Dia Nacional do Forró. À noite, no espaço de eventos da orla da praia de Atalaia, mais festa para o principal ritmo da cultura nordestina, porém, o Dia Nacional do Forró também teve muita reclamação.

 O evento na Praia de Atalaia homenageou mais de 100 trios de forró de pé de serra e cantores regionais e teve apresentação da Orquestra Sanfônica de Sergipe. O pequeno público não mudou o entusiasmo dos componentes, porém, artistas e forrozeiros presentes não titubearam em reclamar da falta de políticas públicas que falem, mostrem e, principalmente, abram espaço para o forró durante todo o ano.

Erivaldo de Carira destacou que o 13 de dezembro, além de ser o dia do aniversário do Mestre Luiz Gonzaga, é comemorado o Dia Nacional do Forró e por conta disso, todos os forrozeiros como ele ficam feliz, mas ainda em Sergipe a situação é complicada para viver somente do ritmo. “O artista continua tendo dificuldade para montar uma banda e viver de música. No País do Forró nós vemos a cultura sendo abocanhanhada por ritmos de fora. E os de fora se beneficiando e ganhando dinheiro aqui”, destacou.

Presente ao vento, Virgínia Fontes também disse ficar feliz pela data, mas gostaria que os sergipanos valorizassem mais o forró. “Deveria ser um ritmo trabalhado durante todo o ano. Que tivesse um local para os sergipanos assistirem, que não ficasse só no mês de junho. Sei que se tocar em outras datas, todo mundo dança”, avaliou.

Ararão do Nordeste, há mais de 40 anos no forró, disse que o principal problema é a falta de um espaço.

Mesmo assim, o ritmo brasileiro foi ovacionado e no compasso do triângulo, da zabumba e da sanfona, o dia foi saudado com muito arrasta-pé, xaxado e baião. “Procuramos resgatar a nossa história regional e temos o intuito de valorizar essa cultura”, destacou Thamirys Ferreira, da produção do evento realizado pela Luzy Eventos e Confederação Nacional de Quadrilhas Juninas e Grupos Folclóricos.

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