Caso Lael: sete envolvidos são indiciados por homicídio qualificado do advogado
Esposa da vítima é apontada como mentora do crime, que teve motivação ligada a disputas patrimoniais e relacionamentos extraconjugais Cotidiano | Por F5 News 09/01/2025 15h54 - Atualizado em 09/01/2025 18h06A Polícia Civil de Sergipe informou na tarde desta quinta-feira (9), que concluiu o inquérito policial que investiga o assassinato do advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Júnior. De acordo com a nota divulgada pela corporação, sete pessoas foram indiciadas pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio duplamente qualificado, uma vez que o filho da vítima também foi atingido, mas sobreviveu.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que solicitou à Justiça a conversão das prisões temporárias dos investigados para preventivas, com o objetivo de transferir os envolvidos para o sistema prisional. A medida foi tomada após a elucidação completa do crime, e a polícia aguarda o posicionamento da Justiça para dar seguimento ao processo.
O assassinato
José Lael foi morto em uma emboscada no dia 18 de outubro de 2024, quando saiu para comprar um açaí em Aracaju. Ao deixar o condomínio, a vítima foi seguida por um grupo que já possuía informações privilegiadas sobre sua rotina. Instantes depois, o advogado foi atingido por disparos de arma de fogo. Seu filho, que também foi ferido no ataque, conseguiu socorrê-lo, mas não evitou a morte do pai.
A investigação, conduzida pelo DHPP com apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Divisão de Inteligência (Dipol), contou com análise de imagens de câmeras de segurança, diligências de campo e depoimentos de testemunhas e familiares. O inquérito resultou na identificação dos envolvidos e no pedido de prisão temporária, que agora será convertido em preventiva.
A motivação e os envolvidos
A investigação revelou uma trama complexa envolvendo desavenças familiares, disputas patrimoniais e relacionamentos extraconjugais. O assassinato foi articulado em meio a uma separação tumultuada entre José Lael e sua esposa, a médica Daniele Barreto, que também foi apontada como a mentora intelectual do crime. O motivo central do atentado seria a disputa pela divisão de um patrimônio milionário.
O inquérito detalhou o papel de cada envolvido, que foram indiciados de acordo com sua participação no planejamento e execução do homicídio.
Os presos e seus papéis no crime:
- Daniele Barreto: esposa de José Lael e mentora do assassinato, teria articulado todo o planejamento do crime.
- Alvaci Feitosa: amiga de Daniele, foi responsável por alugar o carro usado para seguir a vítima e transportar o atirador até o local do crime.
- Adriágina de Souza Cavalcante: secretária de Daniele, coautora do planejamento, e foi vista junto com Alvaci e os executores pouco antes do assassinato.
- Pablo Ruan Silva: amigo de Luiz Carlos, confessou ter dirigido o carro que transportou Ronaldo Moura até o Bairro Santa Maria, onde ele se encontrou com o atirador.
- Ronaldo Moura Santos: atirador que pilotou a moto de onde disparou contra José Lael e feriu seu filho.
- Luiz Carlos da Silva: amigo de Alvaci, ajudou a contratar os executores e admitiu seu envolvimento.
- “Panda” (identidade não revelada): preso no Bairro Parque dos Faróis, é apontado como o autor dos disparos fatais que mataram José Lael.