Filha que matou a mãe em Capela é internada em hospital psiquiátrico por decisão da Justiça
Justiça decide pela internação após audiência de custódia; acusada confessou o crime e será acompanhada por equipe médica Cotidiano | Por F5 News 30/01/2025 17h13 - Atualizado em 30/01/2025 17h25Após audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (30), a Justiça determinou a internação provisória de Cloris Souza Passos Costa, que confessou ter matado a própria mãe, uma idosa de 68 anos, no município de Capela (SE). A decisão foi proferida pelo juiz Thiago Dias Peixoto, considerando laudos médicos e a necessidade de avaliação psiquiátrica da acusada.
De acordo com a decisão judicial, Cloris permanecerá internada em um Hospital de Custódia Psiquiátrica pelo período necessário à estabilização de seu quadro de saúde mental. Caso receba alta médica e não haja uma decretação de prisão preventiva, ela será colocada em liberdade e encaminhada para acompanhamento psiquiátrico em sua cidade de residência.
Circunstâncias do crime e decisão judicial
A mulher foi presa em flagrante na última quarta-feira (29), após a descoberta do corpo da vítima, que estava embalado em sacos plásticos dentro de um compartimento sob a pia da cozinha. Segundo os autos, Cloris permaneceu no local como se nada tivesse acontecido.
Na audiência, o juiz ressaltou que, apesar de a acusada não ter antecedentes criminais, as circunstâncias do crime demonstram “elevado desvalor da ação”, apontando ainda para a frieza da autuada ao lidar com a situação. Para o magistrado, há risco à ordem pública, o que justificaria a decretação da prisão preventiva. No entanto, considerando o relatório médico anexado ao processo, optou-se pela internação provisória.
A decisão estabelece que, após a alta hospitalar, a ré deverá ser imediatamente posta em liberdade, salvo determinação contrária da Justiça. Ela também será encaminhada a um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para continuidade do tratamento psiquiátrico.
Além disso, o juiz determinou que o Ministério Público investigue relatos de violência policial mencionados pela defesa da acusada durante a audiência. A defesa tem dez dias para apresentar provas ou documentos que corroborem a alegação. Os autos do processo foram encaminhados ao juízo.