Cirurgia é o 1º hospital de SE a utilizar a terapia por ECMO em paciente com covid-19
Procedimento tenta substituir e imitar o funcionamento da circulação sanguínea no corpo Cotidiano | Por F5 News 01/05/2021 19h10 - Atualizado em 01/05/2021 20h52Pela primeira vez, um hospital de Sergipe realiza tratamento com terapia baseada na oxigenação por membrana extracorpórea, conhecida por Ecmo (sigla em inglês), em paciente em tratamento de covid-19. O Hospital de Cirurgia, em Aracaju, começou a utilizar este procedimento neste sábado (1).
A técnica da Ecmo repercutiu na mídia nas últimas semanas por estar sendo utilizada no tratamento do ator Paulo Gustavo, internado em hospital do Rio de Janeiro em decorrência de complicações de covid-19.
O hospital sergipano informou que o procedimento é executado pela equipe de cirurgia cardíaca, sob o comando do Dr. Roberto Cardoso e Dr. Wilson Felix, e conta também com a expertise do cirurgião cardíaco baiano Dr. Marco Guedes e do perfusionista Dr. Rayone Akaore Cardoso. A intervenção foi supervisionada e auxiliada pelo médico intensivista e coordenador das Unidades de Terapias Intensivas (UTI’s) do Cirurgia, Dr. Luiz Flávio Prado."O paciente, de 34 anos, é muito grave, torcemos para que seu desfecho seja o melhor possível, mas o óbito sem a ECMO era certo. Pois é, em 24h tomamos a decisão, reunimos a equipe e lá está o hospital de cirurgia, aquele que foi o primeiro do norte-nordeste a realizar um transplante de coração, realizando ECMO em sua UTI, em um paciente SUS, na véspera do seu aniversário de 95 anos. Que presente a sociedade sergipana recebeu", postou o médico Luiz Flávio Prado, numa rede social.
De acordo com o médico Wilson Felix, após horas de trabalho, o início da terapia ocorreu de forma positiva. A partir de agora, a equipe do Cirurgia acompanhará todo o processo de evolução do paciente.
Técnica
A circulação extracorpórea é uma técnica muito utilizada em cirurgias de coração aberto, quando acontece a substituição de uma válvula, um transplante ou uma revascularização do músculo cardíaco. Dessa maneira, o médico consegue realizar a cirurgia sem se preocupar com a circulação de sangue no corpo do paciente.
Por causa das complicações relativas à Covid-19, o uso da técnica aumentou entre os pacientes mais graves para poupar o coração e o pulmão enquanto o tratamento com outros medicamentos é realizado.