SSP promete apuração isenta da morte do designer Clautenis Santos | F5 News - Sergipe Atualizado

Aracaju
SSP promete apuração isenta da morte do designer Clautenis Santos
Família do jovem morto em abordagem policial se diz "tranquila" após reunião
Cotidiano | Por Will Rodriguez 16/04/2019 08h19


Oito dias após o homicídio de Clautenis José dos Santos, o secretário da Segurança Pública de Sergipe, João Eloy de Menezes, recebeu nesta terça-feira (16), parentes do designer morto durante uma abordagem da Polícia Civil na zona norte de Aracaju. 

O encontro durou cerca de uma hora e a imprensa não pôde acompanhar. Ao final, sem dar detalhes sobre o teor da conversa o pai de Clautenis e dois irmãos se disseram mais aliviados quantos aos questionamentos que ainda pairam sobre a ação dos três agentes da PC que culminou na morte do jovem, em 8 de abril, no bairro 18 de Forte.

Segundo Cleverton Santos, irmão da vítima, a partir de agora todo o trabalho investigativo do Departamento de Homicídios será acompanhado pelos advogados que representam a família. "A conversa foi esclarescedora e vamos seguir esperando o resultado do inquérito. Estamos mais aliviados com essa atenção da SSP", resumiu. 

Como o inquérito corre sob sigilo, o secretário João Eloy não apresentou novos detalhes da investigação, mas prometeu que ela será conduzida de maneira isenta. "O inquérito será remetido à Justiça e tem o Ministério Público do Estado, que pode discordar da investigação da polícia e rever todos os atos, a instituição tem autonomia para isto”, ponderou Eloy.

O secretário da Segurança informou que deverá ser realizada uma reconstituição do fato com base nos levantamentos já realizados pela equipe de investigadores coordenada pela delegada Tereza Simony. Não há um prazo para conclusão deste inquérito, que é acompanhado pela Corregedoria da Polícia Civil e agora também delegada-geral Katarina Feitosa que estava de férias. 

Abordagem Padrão

O secretário disse que não se pode considerar padrão de uma abordagem que os policiais cheguem atirando, como relataram as duas testemunhas que estavam no mesmo carro em que Clautenis foi morto. 

"A polícia atira quando tem uma reação. O policial  assume que atirou. Agora é preciso investigar as circunstâncias do fato. Se já chegou atirando, se o Clautenis chegou a sair do carro. Enfim toda a dinâmica”. declarou Eloy. 

Os três policiais envolvidos na morte de Clautenis seguem afastados. O caso está sendo acompanhado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Ministério Público. 

 

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