Caso Genivaldo: os três policiais rodoviários federais são presos | F5 News - Sergipe Atualizado

Justiça
Caso Genivaldo: os três policiais rodoviários federais são presos
Eles respondem pelos crimes de abuso de autoridade, tortura e homicídio qualificado
Cotidiano | Por F5 News 15/10/2022 08h55


Estão presos os três policiais rodoviários federais que provocaram a morte de Genivaldo de Jesus, em Umbaúba (SE) numa abordagem em maio deste ano,.

De acordo com a Justiça Federal de Sergipe, William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento foram encaminhados ao Presídio Militar de Sergipe, em Aracaju, nesta sexta-feira (14).

Os três respondem pelos crimes de abuso de autoridade, tortura e homicídio qualificado. O decreto foi expedido pela 7ª Vara Federal em Sergipe - Subseção Judiciária de Estância.

Os mandados de prisão foram cumpridos pela Polícia Federal nesta sexta-feira, quando foram realizados o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e a audiência de custódia. Os réus foram encaminhados ao presídio, onde aguardam julgamento.

No último dia 10, o Ministério Público Federal (MPF) de Sergipe havia ajuizado uma ação criminal contra os três policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus. 

Relembre o caso

Genivaldo de Jesus foi morto após ser abordado pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por pilotar uma moto sem capacete. Ele foi imobilizado e preso no porta-malas de uma viatura durante ação truculenta dos policiais.

Nas imagens registradas e divulgadas por testemunhas, é possível observar que, após prender Genivaldo na viatura, os agentes jogam um dispositivo que emite fumaça dentro do porta-malas e continuam pressionando a porta, impedindo a saída da vítima. A PRF confirmou o uso de gás lacrimogêneo durante a ação.

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.

A vítima não apresentava nenhum tipo de perigo aos policiais, não estava armada, não tinha passagem pelo sistema prisional e fazia tratamento para esquizofrenia.
 

Edição de texto: Monica Pinto
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