Caso Ana Paula: testemunhas de acusação são ouvidas em audiência
Este é o primeiro julgamento do caso realizado na 8ª Vara Criminal Cotidiano | Por F5 News 27/11/2019 12h21Teve início nesta quarta-feira (27) a primeira audiência do caso do feminicídio que vitimou a jovem Ana Paula de Jesus Santos, 26 anos, morta com golpe de marreta. O marido da vítima, Victor Aragão, réu no processo, participou da audiência na 8ª Vara Criminal do Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju (SE).
Familiares, amigos e colegas de trabalho da jovem também estiveram no Fórum e acompanharam o julgamento. Testemunhas de acusação já começaram a ser ouvidas. Duas audiências foram marcadas para esta semana, a segunda acontece na próxima sexta dia (29).
Em entrevista à TV Atalaia, o irmão da vítima, João Paulo, comemorou a celeridade do processo para por fim à angústia da família e afirma que espera a prisão de Victor. "Quanto mais vai passando o tempo, mais a família vai sofrendo. Estamos aguardando para saber o que vai acontecer daqui pra frente. Hoje, a gente está em busca de que ele pague pelo que fez", disse.
O crime foi praticado no dia 11 de maio passado, enquanto Ana Paula, consultora de vendas, dormia no quarto de sua residência no conjunto Dom Pedro, zona Oeste de Aracaju. À época, o réu contou à polícia que a esposa teria sido vítima de latrocínio - roubo com morte - de dois homens que invadiram o imóvel, hipótese posteriormente descartada após investigações da Polícia Civil.
Segundo disse a delegada Luciana Pereira, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), com base no laudo pericial que apontou o local onde a vítima foi morta e das oitivas realizadas, não foi possível provar que havia uma terceira pessoa no quarto do casal, "o que indica que só havia ela e o Victor, o que leva a crer que o autor da morte dela teria sido o marido".
O marido havia sido preso no dia 14 de maio em cumprimento à prisão temporária de 30 dias, sob suspeita de crime de feminicídio. Em julho, a 8ª Vara Criminal de Aracaju concedeu alvará de soltura a Victor Aragão, negando o pedido de conversão da prisão temporária em preventiva. O Ministério Público recorreu e o réu voltou a ser preso.