Acusados de fraude no Instituto de Identificação devem ser indiciados na quinta
Cotidiano 24/04/2018 13h55 - Atualizado em 24/04/2018 15h52Por Fernanda Araujo
O inquérito da Polícia Civil que investigou uma fraude no protocolo no Instituto de Identificação de Sergipe na emissão de documentos será encaminhado ao Ministério Público ainda esta semana. A polícia teve dez dias para conclusão das investigações.
Os nove presos na Operação Fênix, sendo sete servidores, um agente prisional e um oficial da Polícia Militar, serão indiciados na próxima quinta-feira (26). A investigação será concluída pelo diretor do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), Dermival Eloy, em decorrência do afastamento da delegada Mayra Moinhos, nomeada para intervir no Instituto de Identificação.
Parte dos acusados de envolvimento no esquema continua presa, no entanto, já houve algumas solturas, entre elas a do capitão da PM Josenides Santana. “Ele já colaborou com a investigação, as provas foram colhidas, porém será indiciado de forma individualizada conforme a participação”, ressaltou a delegada Mayra Moinhos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a possível exoneração dos servidores investigados só deve acontecer após a condenação na Justiça, dependendo da quantidade da pena atribuída individualmente. “A princípio, eles estão à disposição da Justiça na parte criminal, na parte administrativa veremos depois”, afirmou o secretário João Eloy.
A polícia ainda não descarta a participação de outros envolvidos no esquema que, inclusive, não tenham sido revelados na investigação, no entanto, acredita que o cerne principal das fraudes foi revelado e combatido. De acordo com a delegada, pessoas que não tiveram a prisão decretada também serão indiciadas. “O processo de expedição de RG passa por diversas pessoas, algumas têm participações diferentes das outras, por isso os indiciamentos serão individualizados”, acrescenta Moinhos.
A investigação teve início após a desarticulação de uma organização criminosa baiana, conhecida como Bonde do Maluco, que chegava a pagar R$ 5 mil pela identidade falsa. Pessoas conseguiam em um dia um documento que deveria levar até três meses para ser liberado. De acordo com a SSP, a facilidade em conseguir os documentos era conhecida em vários estados.
Ainda segundo a delegada, todos os servidores do Instituto foram investigados nos dois anos em que as informações eram colhidas, inclusive o diretor do Instituto, Lívio Cabral, porém, de acordo com ela, não foi identificada participação dele na fraude.
“Não posso dizer que ele (o diretor) não tinha conhecimento do que acontecia, mas não pegamos nenhuma ação dele que mostrasse envolvimento doloso na situação. São muitos servidores, muitos atravessadores, demoramos esse tempo justamente para fazer um filtro e identificar quem estava agindo de forma dolosa, culposa e quem não estava envolvido”, completou Mayra.
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