Médico explica a importância da alimentação pós cirurgia bariátrica | Saúde em Dia | F5 News - Sergipe Atualizado

Médico explica a importância da alimentação pós cirurgia bariátrica
“A dieta desempenha um papel crucial na recuperação e na adaptação do sistema digestivo ao novo padrão alimentar”, explica Dr. Rogério Rodrigues
Blogs e Colunas | Saúde em Dia 19/08/2024  12h51 - Atualizado em 19/08/2024  16h10

A cirurgia bariátrica, também conhecida como cirurgia de redução de estômago, é um procedimento médico destinado a tratar a obesidade grave e suas complicações. Ela envolve a modificação do sistema digestivo para ajudar o paciente a perder peso, limitando a quantidade de alimento que o estômago pode conter, reduzindo a absorção de nutrientes, ou ambos.

A cirurgia pode ser a solução para quem precisa perder peso e ter uma vida mais saudável e feliz. Porém, tão importante quanto estar apto a realizar o procedimento, é entender as mudanças alimentares e de estilo de vida que ele vai proporcionar. O médico especialista em cirurgia do aparelho digestivo, Dr. Rogério Rodrigues, avalia que a dieta pós-operatória tem uma importância significativa para o sucesso da bariátrica.

Segundo ele, a dieta desempenha um papel crucial na recuperação e na adaptação do sistema digestivo ao novo padrão alimentar. Geralmente, a dieta pós-bariátrica é dividida em quatro fases:

1-Fase Líquida (1-2 semanas):

- Objetivo: Permitir a cicatrização do estômago e ajudar o corpo a se adaptar ao novo volume gástrico.

- Alimentos permitidos: Caldos claros, água, chás sem cafeína, sucos diluídos (sem açúcar), gelatinas dietéticas e isotônicos sem açúcar.

 - Dicas: Consumir pequenos volumes com frequência e evitar bebidas gasosas e açucaradas.

 

2. Fase Pastosa (2-4 semanas):

   - Objetivo: Introduzir alimentos com consistência um pouco mais densa, mas ainda fáceis de digerir.

   - Alimentos permitidos: Purês de vegetais, papas, mingaus, iogurte desnatado sem pedaços, sopas batidas, ovos mexidos bem cozidos.

   - Dicas: Mastigar bem (mesmo que o alimento seja pastoso) e comer devagar.

 

3. Fase Semissólida (4-6 semanas):

   - Objetivo: Continuar a adaptação do sistema digestivo com alimentos mais sólidos, mas ainda macios.

   - Alimentos permitidos: Carnes magras bem cozidas e desfiadas, vegetais bem cozidos e amassados, frutas maduras e sem casca, cereais bem cozidos.

   - Dicas: Introduzir novos alimentos gradualmente para monitorar a tolerância e manter a hidratação.

 

4. Fase Sólida (após 6 semanas):

   - Objetivo: Retomar uma dieta mais próxima da normalidade, mas com porções reduzidas.

   - Alimentos permitidos: Quase todos os alimentos sólidos, mas evitando itens gordurosos, frituras, doces, e alimentos muito fibrosos que podem ser difíceis de digerir.

   - Dicas: Priorizar proteínas magras, evitar bebidas durante as refeições, e manter uma boa hidratação ao longo do dia.

“É comum a necessidade de suplementação de vitaminas e minerais devido à menor absorção de nutrientes. Manter uma boa hidratação é essencial, mas evitando ingerir grandes volumes de líquido de uma só vez. E ter uma reeducação alimentar. Este é o momento para aprender novos hábitos alimentares, como comer devagar, mastigar bem e evitar distrações durante as refeições. Essas fases podem variar conforme a orientação médica específica e as necessidades individuais de cada paciente. É fundamental seguir as orientações do cirurgião e do nutricionista para garantir uma recuperação saudável e eficaz”, avalia Dr. Rogério.

Alterações na Digestão e Absorção

Após a cirurgia bariátrica, ocorrem várias mudanças significativas no corpo, tanto fisiológicas quanto comportamentais. O estômago é reduzido a um pequeno volume, geralmente de 20 a 30 ml, o que limita a quantidade de alimento que pode ser consumida de uma vez. A sensação de saciedade é alcançada com porções muito menores, o que contribui para a perda de peso.

Existe uma menor absorção de nutrientes. Em procedimentos como o bypass gástrico, parte do intestino delgado é desviada, reduzindo a absorção de calorias e nutrientes, o que pode levar à necessidade de suplementação vitamínica. A cirurgia afeta a produção de hormônios relacionados à fome e à saciedade, como a grelina, o que pode ajudar a reduzir o apetite.

“A combinação de menor ingestão de alimentos e menor absorção de calorias leva a uma perda de peso rápida nos primeiros meses após a cirurgia. A perda de peso pode melhorar ou até reverter condições associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono e doenças articulares. A alimentação precisa seguir uma dieta estruturada em fases, começando com líquidos e gradualmente progredindo para alimentos sólidos, em porções pequenas”, comenta.

O médico lembra que o paciente precisa aprender a comer devagar, mastigar bem, e escolher alimentos saudáveis para garantir que obtenha os nutrientes necessários. “A perda rápida de peso e as mudanças na aparência podem afetar a autoestima e as emoções. O exercício se torna uma parte essencial da manutenção da perda de peso e da saúde geral. A atividade física ajuda a prevenir a perda de massa muscular e a manter o metabolismo elevado”, disse Dr. Rogério.

Suplementação Nutricional

Devido à menor absorção de nutrientes, muitos pacientes precisam tomar suplementos de vitaminas e minerais pelo resto da vida, como ferro, cálcio, vitamina B12 e vitamina D. “Consultas regulares com o cirurgião, nutricionista e outros profissionais de saúde são essenciais para monitorar a perda de peso, ajustar a dieta e suplementação, e detectar possíveis complicações’, comenta.

Após a cirurgia bariátrica, existem várias restrições alimentares importantes que ajudam a garantir uma recuperação saudável, a evitar complicações e a maximizar os resultados da cirurgia. Essas restrições variam ao longo das fases da dieta pós-operatória, mas algumas são mantidas a longo prazo. Aqui estão as principais restrições alimentares:

 

1. Evitar alimentos ricos em açúcar

   - Doces, bolos, balas e refrigerantes: Alimentos e bebidas com alto teor de açúcar podem causar o dumping syndrome, uma condição que provoca sintomas como náusea, vômito, diarreia, suor excessivo e taquicardia.

   - Sucos de frutas com açúcar: Mesmo os sucos naturais podem precisar ser diluídos para evitar excesso de açúcar.

 

2. Redução da ingestão de gorduras

   - Frituras, fast food, alimentos processados e manteiga: Alimentos gordurosos são de difícil digestão após a cirurgia e podem causar desconforto, diarreia, além de prejudicar a perda de peso.

   - Laticínios integrais: Optar por versões desnatadas ou com baixo teor de gordura.

 

3. Evitar alimentos fibrosos e difíceis de mastigar

   - Carnes vermelhas duras, pães, massas e alimentos crus: Estes alimentos podem ser difíceis de mastigar e digerir, especialmente nas primeiras fases após a cirurgia. Podem causar obstruções ou desconforto.

   - Vegetais crus e frutas com casca: Inicialmente, é recomendado consumir vegetais e frutas bem cozidos e sem casca. A introdução de fibras deve ser gradual.

 

4. Proibir alimentos e bebidas gasosas

   - Refrigerantes, água com gás e cerveja: Bebidas gasosas podem distender o pequeno estômago, causando desconforto e dor.

   - Alimentos que formam gases: Leguminosas como feijão, brócolis, couve-flor e repolho devem ser introduzidos com cautela para evitar gases excessivos.

“É comum a necessidade de suplementação de vitaminas e minerais devido à menor absorção de nutrientes. Manter uma boa hidratação é essencial, mas evitando ingerir grandes volumes de líquido de uma só vez. E ter uma reeducação alimentar. Este é o momento para aprender novos hábitos alimentares, como comer devagar, mastigar bem e evitar distrações durante as refeições. Essas fases podem variar conforme a orientação médica específica e as necessidades individuais de cada paciente. É fundamental seguir as orientações do cirurgião e do nutricionista para garantir uma recuperação saudável e eficaz”, avalia Dr. Rogério.

Alterações na Digestão e Absorção

Após a cirurgia bariátrica, ocorrem várias mudanças significativas no corpo, tanto fisiológicas quanto comportamentais. O estômago é reduzido a um pequeno volume, geralmente de 20 a 30 ml, o que limita a quantidade de alimento que pode ser consumida de uma vez. A sensação de saciedade é alcançada com porções muito menores, o que contribui para a perda de peso.

Existe uma menor absorção de nutrientes. Em procedimentos como o bypass gástrico, parte do intestino delgado é desviada, reduzindo a absorção de calorias e nutrientes, o que pode levar à necessidade de suplementação vitamínica. A cirurgia afeta a produção de hormônios relacionados à fome e à saciedade, como a grelina, o que pode ajudar a reduzir o apetite.

“A combinação de menor ingestão de alimentos e menor absorção de calorias leva a uma perda de peso rápida nos primeiros meses após a cirurgia. A perda de peso pode melhorar ou até reverter condições associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono e doenças articulares. A alimentação precisa seguir uma dieta estruturada em fases, começando com líquidos e gradualmente progredindo para alimentos sólidos, em porções pequenas”, comenta.

O médico lembra que o paciente precisa aprender a comer devagar, mastigar bem, e escolher alimentos saudáveis para garantir que obtenha os nutrientes necessários. “A perda rápida de peso e as mudanças na aparência podem afetar a autoestima e as emoções. O exercício se torna uma parte essencial da manutenção da perda de peso e da saúde geral. A atividade física ajuda a prevenir a perda de massa muscular e a manter o metabolismo elevado”, disse Dr. Rogério.

Suplementação Nutricional

Devido à menor absorção de nutrientes, muitos pacientes precisam tomar suplementos de vitaminas e minerais pelo resto da vida, como ferro, cálcio, vitamina B12 e vitamina D. “Consultas regulares com o cirurgião, nutricionista e outros profissionais de saúde são essenciais para monitorar a perda de peso, ajustar a dieta e suplementação, e detectar possíveis complicações’, comenta.

Após a cirurgia bariátrica, existem várias restrições alimentares importantes que ajudam a garantir uma recuperação saudável, a evitar complicações e a maximizar os resultados da cirurgia. Essas restrições variam ao longo das fases da dieta pós-operatória, mas algumas são mantidas a longo prazo. Aqui estão as principais restrições alimentares:

 

1. Evitar alimentos ricos em açúcar

   - Doces, bolos, balas e refrigerantes: Alimentos e bebidas com alto teor de açúcar podem causar o dumping syndrome, uma condição que provoca sintomas como náusea, vômito, diarreia, suor excessivo e taquicardia.

   - Sucos de frutas com açúcar: Mesmo os sucos naturais podem precisar ser diluídos para evitar excesso de açúcar.

 

2. Redução da ingestão de gorduras

   - Frituras, fast food, alimentos processados e manteiga: Alimentos gordurosos são de difícil digestão após a cirurgia e podem causar desconforto, diarreia, além de prejudicar a perda de peso.

   - Laticínios integrais: Optar por versões desnatadas ou com baixo teor de gordura.

 

3. Evitar alimentos fibrosos e difíceis de mastigar

   - Carnes vermelhas duras, pães, massas e alimentos crus: Estes alimentos podem ser difíceis de mastigar e digerir, especialmente nas primeiras fases após a cirurgia. Podem causar obstruções ou desconforto.

   - Vegetais crus e frutas com casca: Inicialmente, é recomendado consumir vegetais e frutas bem cozidos e sem casca. A introdução de fibras deve ser gradual.

 

4. Proibir alimentos e bebidas gasosas

   - Refrigerantes, água com gás e cerveja: Bebidas gasosas podem distender o pequeno estômago, causando desconforto e dor.

   - Alimentos que formam gases: Leguminosas como feijão, brócolis, couve-flor e repolho devem ser introduzidos com cautela para evitar gases excessivos.

 

5. Reduzir a ingestão de cafeína e bebidas alcoólicas

   - Café e chá preto: A cafeína pode irritar o estômago e também pode contribuir para a desidratação, um risco já aumentado após a cirurgia bariátrica.

   - Álcool: Bebidas alcoólicas devem ser evitadas, especialmente nos primeiros meses, pois o álcool é absorvido mais rapidamente no corpo, o que pode levar a intoxicação rápida e aumento do risco de dependência.

 

6. Evitar alimentos secos ou pegajoso

   - Pães secos, arroz e massas pegajosas: Esses alimentos podem formar uma massa densa e causar bloqueios ou dificuldades de digestão.

   - Frutas secas e nozes: Além de calóricas, são difíceis de digerir e devem ser introduzidas com cautela.

 

7. Limitar o consumo de líquidos durante as refeições

   - Água, sucos e sopas: Devem ser evitados durante as refeições (antes, durante e logo após) para não distender o estômago e garantir que haja espaço suficiente para os alimentos sólidos.

 

8. Introdução gradual de alimentos novos

   - Monitorar a tolerância a diferentes alimentos: Cada paciente pode reagir de forma diferente a determinados alimentos, portanto, a introdução de novos alimentos deve ser gradual e feita sob orientação do nutricionista.

“Essas restrições alimentares visam facilitar a digestão, evitar desconfortos e promover uma nutrição adequada. O acompanhamento com um nutricionista especializado é essencial para adaptar a dieta às necessidades individuais e garantir uma boa qualidade de vida após a cirurgia”, explicou o médico.

Indicações para a Cirurgia Bariátrica

A cirurgia bariátrica é geralmente indicada para pacientes que têm um Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 40 kg/m², ou superior a 35 kg/m² com a presença de comorbidades graves associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, apneia do sono, entre outras; não conseguiram perder peso ou mantê-lo após tentativas de métodos conservadores, como dieta e exercício físico; estão dispostos a aderir a mudanças significativas no estilo de vida, incluindo dieta, exercício e acompanhamento médico regular.

“A cirurgia pode resultar em uma perda de 50% ou mais do excesso de peso em 1-2 anos. Melhora das comorbidades, pois a cirurgia pode melhorar ou até reverter condições associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão e dislipidemia. Além disso, melhora na qualidade de vida, já que muitos pacientes relatam uma melhora na autoestima, mobilidade e qualidade geral de vida. Não é uma solução milagrosa, mas uma ferramenta poderosa no tratamento da obesidade que, quando combinada com mudanças no estilo de vida, pode levar a resultados significativos e duradouros”, concluiu.

 

 

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André Carvalho é jornalista há mais de 20 anos. Formado pela Universidade Tiradentes (Unit), possui especialização em Marketing pela Faculdade de Negócios de Sergipe (Fanese). Foi apresentador de programa de rádio e televisão, e atuou como assessor de comunicação de vários órgãos públicos e secretarias municipais e estaduais. Atualmente, é editor do Caderno Saúde em Dia.

E-mail: jornalistaandrecarvalho@gmail.com

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