Você já ouviu falar na Mamotomia? Também conhecida como biópsia assistida a vácuo, essa técnica avançada é utilizada para a retirada de tecido mamário em áreas específicas, sendo um recurso valioso tanto para diagnóstico quanto para tratamento de lesões na mama. Realizado de forma ambulatorial, o procedimento não exige internação ou preparações como jejum, e é concluído em aproximadamente 30 minutos. Após a realização, a paciente é liberada quase imediatamente, tornando o processo ágil e seguro.

 A Dra. Renata Montarroyos Leite, mastologista da Climedi, destaca as vantagens da Mamotomia. "Por possibilitar a remoção de uma área maior através do vácuo, esse exame muitas vezes resolve o problema da paciente sem a necessidade de uma cirurgia, já que, na maioria dos casos, ocorre a retirada completa da lesão", explica.

O procedimento é simples e acessível, sem exigências prévias para a paciente. "Não há necessidade de jejum ou outras preparações. A orientação principal é que a paciente mantenha calma e confiança na equipe médica. Além disso, é importante comunicar sobre doenças pré-existentes e medicamentos em uso, já que alguns podem precisar ser suspensos antes do exame", complementa a especialista.

“Disponibilizar dessa ferramenta em nossa cidade é realmente uma grande conquista”, avalia Dra. Renata Montarroyos Leite (Foto: Assessoria)

Após o procedimento, o paciente recebe um curativo compressivo para minimizar o risco de sangramento e é orientado a evitar esforço físico nas primeiras 24 horas. “Compressas de gelo também ajudam na recuperação. O resultado da análise do material coletado costuma estar disponível em torno de 15 dias, considerando que a avaliação é feita em laboratórios especializados em doenças mamárias, podendo ser mais rápido em casos urgentes”, esclarece Dra. Renata.

 Indicação

 A Mamotomia é indicada tanto para diagnóstico quanto para tratamento de lesões benignas, com nódulos de até 2 centímetros podendo ser completamente removidos sem a necessidade de cirurgia. Além disso, em casos de lesões malignas, o procedimento permite a retirada parcial ou total da área afetada, com a inserção de um clipe metálico no local para orientar futuras intervenções cirúrgicas, caso necessárias.

 “Isso é fundamental, pois em cirurgias posteriores, o cirurgião consegue localizar com precisão o local da lesão removida. Além disso, a Mamotomia reduz significativamente a possibilidade de falsos negativos, um problema em casos onde lesões aparentemente benignas escondem malignidade. É o exame padrão ouro para essas situações”, disse a Dra. Renata.

 Qualquer exame de imagem da mama pode guiar essa biópsia, desde que seja um modelo com especificações necessárias para acoplar o aparelho de mamotomia. Segundo a especialista, a ultrassom muito útil, mas está mais associada a lesões maiores, como nódulos, e sua vantagem é permitir a exérese completa da lesão em tempo real. “Já a mamografia pode permitir a localização e consequente retirada de lesões tão iniciais que nenhum outro método é capaz de ver. E por isso é um método muito útil nestes casos”, conclui.

A Mamotomia, portanto, se destaca não apenas pela sua eficiência, mas também pela conveniência e segurança oferecidas às pacientes, proporcionando uma alternativa menos invasiva e mais eficaz no cuidado com a saúde mamária.