Aracaju é a 38º maior cidade em nível de consumo no Brasil
Blogs e Colunas | Marcio Rocha 16/06/2022 06h30Todos os anos, a IPC Marketing Editora desenvolve um estudo que serve para balizar melhor o entendimento das movimentações comerciais do Brasil, o IPC Maps. Neste ano, os dados apontados pela empresa, foram mais uma vez disponibilizados com exclusividade para que eu tivesse o privilégio de fazer a análise e descomplicar a economia para vocês. Sempre grato aos amigos da IPC, que confiam em nosso trabalho para levar a melhor e mais precisa informação para nossos leitores.
Os dados do IPC Maps deste ano me surpreenderam no que diz respeito ao volume de consumo de Aracaju, que deu um grande salto nos valores totais consumidos pela população nos estabelecimentos comerciais. A capital sergipana saltou do 45º lugar para o 38º posto em nível de consumo no Brasil. São sete posições em um ano, o que mostra que a recuperação da economia em Aracaju tem sido muito forte e as movimentações comerciais têm ganhado grande robustez.
O consumo total de Aracaju atingiu a cifra de R$ 20.032.564.966,00 no ano de 2021, o que mostra sim a clareza da recuperação econômica do município diante da crise que se instalou com a pandemia da COVID-19, e que ao haver a reabertura total das atividades econômicas, os consumidores voltaram ao mercado com muita força.
A divisão de consumo por classes em Aracaju é liderada pela classe B, com R$ 8.725.392.813,00 movimentados pelas famílias que possuem renda entre 7 e 20 salários-mínimos mensais; seguida pela classe C, com R$ 5.871.445.311,00 de consumo pelas famílias que ganham entre 4 e 7 salários-mínimos por mês. A classe A, famílias com renda acima de 20 salários-mínimos movimentou R$ 3.151.864.291,00. Já as classes D e E somadas, resultaram em R$ 2.283.862.551, para as famílias que ganham entre 1 e 4 salários-mínimos por mês.
O entendimento que me faço ter sobre a principal variável de consumo das famílias aracajuanas é que o mercado imobiliário é seu maior responsável por despesas de consumo. Nas faixas de renda das classes B a E, a maior parte dos recursos familiares consumidos são direcionados para a compra de imóveis ou aluguel de residências. Apenas na classe A, o líder de consumo é a compra de veículos, em termos proporcionais.
Nos critérios avaliados pelo IPC Maps, encontramos a maior variação de injeção de recursos no mercado de habitação, com R$ 3.711.611.213,00 investidos no setor. Na sequência, o mercado de veículos ocupa o segundo lugar, com R$ 2.181.166.528,00 para compra de meios de transporte próprios; e o terceiro lugar é ocupado pelo varejo alimentar, com R$ 2.007.781.804,00 movimentados em compras para alimentação em domicílio.
Ao longo das próximas semanas, trarei mais informações contidas no IPC Maps deste ano. Contudo, devemos destacar a importância da evolução do posicionamento de Aracaju como uma das cidades com maior movimentação comercial do Brasil, o que mostra não somente a força do comércio da capital, mas também a clareza da recuperação da economia, deixando para trás tempos de complexidade e preocupação. Aracaju é uma cidade que descomplicou a economia e voltou a crescer com muita força.
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Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva pela Uninter, com experiência de 23 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.
E-mail: jornalistamarciorocha@live.com
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