Supee diz que adota medidas para melhorar qualidade do gramado do Batistão
Desde início do ano, gramado enfrenta pragas sazonais que comprometem sua qualidade Esporte | Por Saullo Hipolito 12/11/2020 13h09Meses atrás, a superintendente Especial de Esportes, Mariana Dantas, afirmou que os insetos que destruíam a grama apareciam sempre no período chuvoso, quando o solo ficava úmido e com matéria orgânica, efeitos que propiciavam a sua disseminação. Popularmente conhecida como cachorrinho-da-terra, paquinhas ou grilos-toupeira, a praga costuma danificar gramados mais sensíveis, criando galerias subterrâneas, comendo a raiz da grama e impedindo que os insetos sejam vistos de imediato.
Desde o surgimento desse problema, a Superintendência Especial de Esportes (Supee) afirmou que vinha se empenhando em uma solução para tal e conseguiu extinguir os insetos. No entanto, o gramado não chegou a ser aprovado, a prova disso foram as críticas feitas por profissionais envolvidos com o esporte, desde a imprensa até os próprios protagonistas (jogadores e técnicos) das partidas de futebol.Após investigação, a administração do estádio identificou outro ataque de pragas - desta vez lagartas provenientes de mariposas, comuns nesse período de calor e de mudança de clima. Segundo a Supee, elas estariam atacando principalmente à noite, sugando toda seiva da grama e deixando a impressão de que o gramado está seco, pois a relva fica com o aspecto de queimada.
Esse fator afeta o futebol praticado pelo Confiança - principal time sergipano da atualidade. Com um jogo de posse de bola e troca de passes desde a zona defensiva, fazendo a transição até o ataque, o time azulino deveria ter o estádio como ponto a seu favor nos jogos dentro de Aracaju (dentro de casa), pela Série B do Campeonato Brasileiro, mas pode estar se tornando um complicador para os atletas.Apesar dessa possibilidade, o time azulino que já atuou na Arena pela competição nacional em dez oportunidades nesta temporada, tem superado as adversidades e conquistado pontos importantes que o colocam hoje na 8ª posição, com 29 pontos. Na Arena Batistão o time só perdeu uma vez, empatou outras quatro e venceu cinco partidas, a última delas na terça-feira (10), contra o Botafogo (SP).
Após diagnosticar o novo problema, a superintendente Mariana Dantas foi atrás de respostas e, há três semanas, se reuniu com o secretário de Esportes de Alagoas, Charles Herbert - o local da reunião não foi divulgado. No encontro, ela teve conhecimento das medidas adotadas para manutenção e gerenciamento do gramado do estádio Rei Pelé, em Maceió, que também já passou por problemas similares no ano passado.
A convite da superintendente, um engenheiro esteve na última sexta-feira (6) no estádio e analisou o gramado e o solo da Arena Batistão, e avaliou que os procedimentos aplicados pela gestão do estádio em Sergipe estão corretos. Ele deverá prestar consultorias posteriores para avaliar os resultados após indicar o uso de um produto químico de baixa toxicidade. De acordo com a Supee, após a aplicação do produto, o resultado foi considerado excelente, com eliminação de cem por cento das lagartas. “Agora estamos cuidando do gramado, corte da grama, hidratação e adubação onde for necessário”, afirmou a assessoria do órgão. A expectativa é de que no próximo dia 24 de novembro, uma terça-feira, o gramado já esteja em melhores condições para o Dragão do bairro Industrial atuar.Antes disso, o time entra em campo no dia 20, na sexta-feira da próxima semana, quando enfrenta pela 22ª rodada o Avaí, na Ressacada, em Santa Catarina.