Sergipe x Botafogo: Ernan Sena, clube e jogadores são punidos; saiba mais
O julgamento do STJD sobre os atos ao fim da partida aconteceu nessa segunda (10) Esporte | Por Emerson Esteves 11/04/2023 10h00Na tarde dessa segunda-feira (10), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou o caso referente aos episódios de violência após a partida entre Sergipe e Botafogo pela primeira fase da Copa do Brasil.
O presidente do Sergipe, Ernan Sena, que havia sido suspenso provisoriamente, pegou um gancho de 240 dias de suspensão e multa de 5 mil reais. Ele foi denunciado com base nos artigos 258-B (invasão de campo), 254-A (agressão física), 243-C (ameaça) e 243-F (ofensa) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A decisão ainda cabe recurso e a pena provisória pode ser descontada ao fim do julgamento.
O Sergipe foi multado em R$ 20 mil e dois jogos com portões fechados. Também reús no processo, os atletas Dida (conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva), Miguel (ato hostil) e Silvio (ato hostil), todos do Sergipe, foram suspensos por três jogos.
“CBF, você é uma vergonha. O que o árbitro fez foi uma safadeza. Ele falou para mim: ‘Levanta, senão eu vou dar mais 1 minuto’. Eu levantei e ele deu mais 1. O que o árbitro fez hoje foi uma safadeza e ele sabe, por isso apanhou.”, afirmou o goleiro Dida em entrevista ao canal SporTV após o jogo.
Levy Anthony, fisiologista do Gipão, foi punido com 240 dias de suspensão. Ele foi autoado por invasão de campo e agressão.
O bandeirinha da partida, Henrique Neu, foi absolvido da denúncia de agressão física após ter atingido Ernan Sena com a bandeirinha.
Relembre o caso
No dia 2 de março, na Arena Batistão, em duelo válido pela primeira fase da Copa do Brasil, após o apito final de Braulio da Silva Machado, as câmeras da transmissão da partida flagraram o presidente do Sergipe, Ernan Sena, partindo para cima da equipe arbitragem. O presidente do Sergipe tentou socar o árbitro da partida e avançou para cima do bandeirinha do jogo, quando foi atingido pelo mastro da bandeira e saiu de campo sangrando.
Torcedores que estavam nas arquibancas também invadiram o gramado e precisaram ser contidos pela Polícia Militar (PM). A súmula da partida registrou as agressões físicas e verbais do gestor do clube a equipe de arbitragem.
Braulio detalha que o presidente do Sergipe "desferiu vários socos em minha direção com uso de força e muita agressividade, sendo que o primeiros socos atingiram o lado esquerdo do meu rosto e os demais meu braço e costas".
A confusão se iniciou após membros da comissão técnica e torcedores interpretarem a arbitragem de Braulio como parcial e favorável à equipe do Botafogo. O Sergipe vencia o clube carioca até os acréscimos da partida, quando sofreu o empate após uma sequência de três escanteios e foi desclassificado da Copa do Brasil.
No dia seguinte à partida, dia 3 de março, a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou a suspensão preventiva do presidente do Sergipe por 90 dias.