Sergipanas contam como conquistaram representatividade no esporte | F5 News - Sergipe Atualizado

Dia da Mulher
Sergipanas contam como conquistaram representatividade no esporte
Conheça histórias que inspiram atletas do vôlei, da ginástica e do Muaythai em SE
Esporte | Por Saullo Hipolito 08/03/2020 07h02 - Atualizado em 09/03/2020 11h17


Força, garra, determinação, superação e persistência, são alguns dos elementos que compõem as atletas sergipanas. Não diferentes de profissionais de outros estados, elas têm que lutar diariamente para alcançar um lugar ao sol, ou seja, onde haja visibilidade, protagonismo e, principalmente, respeito.

Para homenagear todas as atletas que compõem este cenário esportivo em Sergipe, o portal F5 News conversou com três grandes representatividades do esporte do estado, de três diferentes modalidades e momentos, para falar sobre as dificuldades e aprendizados vividos ao longo das suas carreiras vitoriosas.

Os fatores complicados vivenciados na contemporaneidade perpassam pelo machismo que assola toda a sociedade e é maior no mundo esportivo, além da falta de incentivo tanto para os profissionais quanto para quem deseja ingressar em alguma modalidade esportiva, quem confirma isso é a ex-ginasta e agora professora Larissa Barata. 

“Vivemos em um país em que se diz incentivar o esporte, mas estamos muito longe disso. Confesso que vem melhorando, mas deixa muito a desejar. Deveria ter mais incentivo, principalmente, aos atletas de base e não somente para os de alto rendimento. É investindo na base que teremos um futuro esportivo muito melhor”, salienta Larissa.

Larissa Barata competia na ginástica rítmica. Em seu auge, ela representou o Brasil em diversas competições internacionais, como em 2004, quando competiu nos Jogos Olímpicos de Verão, em Atenas. Competiu também em campeonatos mundiais, incluindo o Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica de 2010.

Segundo ela, na sua época, havia o desafio da falta de estrutura, não havia acompanhamento de profissionais, que são recomendados hoje em dia, como psicólogos e nutricionistas, para que os atletas desenvolvessem um bom trabalho, necessário para o atleta chegar ao ápice. 

“Venci sem ter a estrutura necessária, sou uma sobrevivente do esporte sergipano. Todos sabem que ser mulher não é fácil, precisamos provar o nosso valor o tempo todo, mas creio que um dia isso vai melhorar e que, em um futuro não muito distante, as minhas alunas possam viver em um mundo mais igual para as mulheres, tanto na questão do respeito, como  na questão salarial”, enfatizou Larissa.

Mesmo de uma outra geração, a atleta de vôlei de praia Tainá Bigi, relata que enfrenta quase todos esses mesmos desafios. Ela enfatiza que em seu esporte a diferença salarial não é um problema como em outros esportes, entretanto, por jogar de biquíni, o assédio é violentamente evidente.

“Na hora das fotos, por exemplo, talvez o lance seja bonito, mas a gente deve ter um cuidado na hora de postar nas redes sociais por conta da caracterização da imagem. Eu credito isso a uma dificuldade tremenda, mas graças a Deus nunca passei por problemas como esse. Em outros esportes, outros fatores prejudicam a evolução, no futebol, por exemplo, o machismo fica evidente. Com o passar do tempo e a luta feminina, elevamos bastante essa concepção e fazer com que as mulheres estejam fortes para conquistar seus direitos, é fundamental”, pontuou a atleta.

Tainá competiu junto com a sul-mato-grossense Victoria Lopes no Open Nacional de vôlei de praia, na etapa que aconteceu em Aracaju, e foi eliminada por Duda e Ágatha no sábado (7), em disputa válida pelas quartas de final. Com o resultado a dupla também deu adeus à possibilidade de ser campeã dentro do estado que reside.

Dentre suas conquistas mais importantes está a medalha de ouro do Campeonato Mundial sub-19 em Portugal.

A multiatleta Yuly Kalay entrou no esporte em 2014, primeiro praticando Surf, Slackline e Skate, mas foi em 2016 que ela realmente se encontrou, com o Muaythai. Com diversas vitórias em combates no seu currículo, a atleta avalia suas futuras lutas, e também falou sobre os enfrentamentos em seu esporte.

Conforme seu relato, é o machismo o maior sentenciador de mulheres dentro desse esporte. Por ser considerado um esporte de força física, é identificado como um esporte masculino. “Esse machismo não impede que grandes atletas femininas façam um grande espetáculo. O que realmente impera é a questão de oportunidades. Vivo os meus sonhos como posso e sou feliz”, ressaltou.

A felicidade, por sinal, é um ponto destacado por essas três atletas. Larissa, com suas alunas, que se encantam ao descobrir que ela foi medalhista é uma das mais importantes ginastas rítmicas de sua época. Tainá e Yuly, seguem no mesmo caminho, mas ainda têm muito a trilhar, elas mostram perseverança e muita força, fatores que inspiram novas atletas.

*Com a colaboração de Aline Aragão

Edição de texto: Will Rodriguez
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