Ágatha e Duda vencem com propriedade e se isolam no Circuito Brasileiro
Sergipana foi eleita a melhor da partida e chegou ao décimo título de Open Esporte 06/12/2020 14h40A conquista desta etapa é a nona deste tipo do time formado por Ágatha e Duda. A vitória rendeu 400 pontos no ranking da temporada, e a dupla aumentou a vantagem na liderança com 1920 pontos. A segunda posição está com Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE), que tem 1760. Talita e Carol Solberg (AL/RJ) somam 1520, e estão em terceiro.
A medalhista olímpica Ágatha soma agora 16 títulos em etapas de Open. A paranaense destacou os desafios impostos por uma temporada tão atípica, e comemorou os objetivos alcançados. A dupla disputou as cinco finais realizadas até o momento na temporada 2020/2021, um “sarrafo alto”, segundo a jogadora.
“Foi um ano desafiador para todos. Vivemos a dificuldade do ano, tivemos momentos de angústia. Mas conseguimos ‘virar a chave’, e voltamos a treinar com uma energia boa e com o objetivo bem ousado. E do mesmo modo que demos o nosso máximo em todas as etapas, é difícil manter esse ritmo, nessa época do ano já estaríamos diminuindo o nosso giro. E desta vez foi diferente, tivemos que aumentar ainda mais o ritmo nessa reta final, conseguimos o ouro e o primeiro lugar no ranking, então estamos muito satisfeitas e vamos tirar uns dias de férias para voltarmos renovadas em 2021”, avaliou Ágatha.
Duda foi eleita a melhor da partida e chegou ao décimo título de Open na carreira. A jovem sergipana fez uma retrospectiva de tudo que a dupla passou ao longo de 2020, que terminou com o terceiro título em cinco finais disputadas no Circuito Brasileiro.
“Tivemos aquela parada de cinco meses, em razão de toda a situação da pandemia, treinamos separadas, sozinhas. Quando nos reencontramos no dia 6 de julho para começar a preparação com um objetivo definido, a nossa volta às competições, a volta do Circuito Brasileiro, e ir galgando os degraus, subindo de produtividade. Tudo isso culminou nesse momento, de fechar a temporada com os objetivos alcançados é uma alegria imensa. E jogar contra a Ana e a Rebecca é sempre difícil, pois nos conhecemos muito bem, o que engrandece ainda mais o nosso título”, comentou Duda.
Mesmo sem contar com público presente em razão dos protocolos de segurança sanitária, as partidas não ficaram sem torcida. Alguns fãs do vôlei de praia tiveram a oportunidade de acompanhar os duelos por meio da “Arquibancasa”. Acessando um convite virtual, os fãs interagiram com o animador e participaram de ações nos intervalos das partidas. O sistema foi exibido em telões na quadra central e trouxe animação e cores para dentro da competição.
Os torcedores também puderam eleger as melhores jogadoras em quadra de cada partida das semifinais por meio de votação no site e aplicativo da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Duda foi eleita a melhor da final, enquanto Thâmela foi a escolhida na disputa de bronze.
Bronze inédito
A rodada decisiva deste domingo teve início com a partida que valeu o bronze inédito para Elize Maia/Thâmela (ES). A dupla capixaba tinha chegado às semifinais pela primeira vez na etapa passada, e, desta vez subiu um degrau ao alcançar um lugar no pódio. Elas venceram Talita e Carol Solberg (AL/RJ) por 2 sets a 0 (21/18 e 21/18). A medalha foi a primeira da jovem Thâmela, de 20 anos, que comemorou bastante a conquista.
“Estou muito feliz, viemos de um ano muito difícil, ficamos paradas quase sete meses. E poder voltar a competir, fazer o que amamos, é sensacional. E estou começando ainda no cenário nacional, uma equipe nova, ainda em construção. Eu sempre me inspirei muito na Carol Solberg e na Talita, então vencer esse jogo é um sonho, estou bastante feliz”, disse Thâmela.
A experiente Elize Maia volta ao pódio depois de três anos, e conquistou a primeira medalha depois do nascimento da filha Antônia, de um ano e quatro meses. A capixaba falou sobre a importância do bronze no momento da carreira.
“Este foi um ano marcante para todo o planeta, precisamos mudar muitos paradigmas, se adaptar e superar. E foi o primeiro ano da minha filha (Antônia) e foi um desafio manterm-me como atleta e mãe, então um pódio no final desse ano tão desafiador abre as portas para tempos melhores em 2021”, contou Elize.
Cada etapa do Circuito Brasileiro distribui R$ 47 mil às duplas campeãs dos dois naipes, e todos os times na fase de grupos são premiados. Ao todo, são distribuídos aproximadamente de R$ 538 mil por etapa.
Fonte: CBVP