Vida e obra da cantora Clemilda viram documentário
Curta terá histórias contadas pela própria artista e personalidades Entretenimento 22/01/2014 09h46Entender o legado deixado por um dos maiores ícones femininos do forró nordestino na cultura sergipana. Esse é o objetivo do curta ‘Morena dos Olhos Pretos’, que homenageia e fala da trajetória da forrozeira Clemilda Ferreira da Silva. O filme é um dos premiados na segunda edição do Edital de Apoio a Produção de Obras Audiovisuais e de Curtas-metragens, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
O filme terá um verdadeiro resgate do período de ouro do forró nordestino, partindo da infância da protagonista, a sua ascensão na Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, sem deixar de falar sobre sua trajetória em Sergipe e seus históricos shows. Segundo o proponente do projeto e diretor do curta, Isaac Dourado, o fio condutor do documentário será a história contada pela própria homenageada. “Além disso, temos depoimentos de diversos artistas consagrados e familiares, que viveram e cresceram junto com Clemilda”, explica.
Segundo ele, o filme está em fase de finalização, e todas as cenas já foram gravada. "Agora o curta segue em ritmo de montagem", garante. Ele informa ainda que a ideia do curta surgiu a partir de sua aproximação com a cantora para realização de trabalhos profissionais.
“Gravei o último show dela, em 2012, e de lá para cá ela adoeceu bastante e hoje está bastante debilitada. Por isso, pensei em fazer o documentário para homenageá-la ainda em vida, e mostrar que, apesar de ela ser alagoana de nascimento, ela é parte da cultura de Sergipe, por residir aqui há mais de 40 anos”, esclarece.
Outro destaque do projeto é a trilha sonora, que é toda original e que foi doada pela própria cantora. “Ela me entregou para que pudéssemos remasteirizá-las em um estúdio de gravação”, afirma Dourado. “Além disso, recebemos fotografias, vídeos, LP’s, os discos de ouro que ela recebeu e outras raridades do seu acervo pessoal”, completa o diretor.
Isaac Dourado afirma ainda que por conhecer Clemilda e se sensibilizar com a história dela, iria buscar patrocínios para gravar o filme, mas com o apoio da Secult, através do Edital, tudo se tornou mais fácil. “O Edital foi fundamental para realizar o projeto. Se não fosse ele seria muito difícil fazer, pois muita gente em Sergipe ainda não acredita na força do nosso audiovisual”, finaliza.
A secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino, acredita que este filme será um sucesso, principalmente por Clemilda ser uma figura tão marcante e querida por tantos sergipanos. “Esse edital cumpre um papel fundamental no fomento ao audiovisual sergipano, e vê-lo homenagear tantos ícones do nosso Estado realmente nos gratifica. Só nessa edição serão três homenageados, em filmes que, certamente, contribuirão muito para contar a história de Sergipe”, analisa a gestora, lembrando do curta ‘M.A.D.O.N.A.’, que fala do travesti que fez história nas ruas de Aracaju, e de ‘Conflitos e Abismos’, que homenageia o artista plástico, Ewerton Santos.
Foto: Secult
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